Mais da metade dos domicílios brasileiros passou a ter acesso à internet desde 2014, e o smartphone passou o número de computadores, virando o aparelho nº 1 para acessar internet no Brasil – de acordo com pesquisa do IBGE. Dados como esses ajudam a entender porque as informações ganham velocidade e chegam rapidamente na vida das pessoas. As redes sociais e a internet têm possibilitado o estreitamento de distâncias que, antes, pareciam inacessíveis. O que muita gente não sabe, no entanto, é que uma informação falsa, ou boatos compartilhados na internet, podem trazer consequências graves e ser considerados crimes.
Em 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Ela foi agredida a partir de um boato gerado no Facebook. O post afirmava que uma mulher sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. Um outro caso, mais recente, foi o vídeo ‘viralizado’ do estupro coletivo do Rio de Janeiro. Já em Porto Alegre, uma página de Facebook, compartilhou um retrato falado falso – a postagem alertava mulheres sobre um estuprador que agia dentro de um ônibus. Pelo Whatsapp, a prática do compartilhamento de gifs, fotos, áudios e vídeos é ainda maior do que em outras redes sociais.
Áudios com pedidos de socorro, com sons de tiros e metralhadores, e textos que contam histórias de sequestros falsos são frenquentemente compartilhados em formatos de correntes virtuais. O alerta aqui é para a responsabilidade social sobre aquilo que compartilhamos e repassamos na internet. Com um pouco de criatividade, é possível produzir facilmente um boato e conquistar o engajamento de milhares de internautas. Sites de humor e sátira usam o recurso dos formatos de jornalismo e as plataformas de redes sociais para atingir o público – e usando de ironia – convencem os desavisados e ingênuos de que se trata de uma notícia verídica. Fonte: Clic RBS - Blog Conecte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário