Adir Assad - Foto:José Cruiz.
Além do empresário e lobista Adir Assad, que já estava preso em Curitiba (PR), a 36ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta (10) (saiba mais), tem como alvo outro operador financeiro, Rodrigo Tacla Duran. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, os dois são responsáveis por lavar mais de R$ 50 milhões para empreiteiras investigadas pela força-tarefa da Lava Jato. Os investigadores encontraram diversos indícios de que Assad e Duran utilizaram mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, como uso de contas bancárias em nome de offshores no exterior, interposição de empresas de fachada, e celebração de contratos falsos.
Com as provas coletadas em fases anteriores, além da análise de nformações obtidas por quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático, identificou-se que os operadores participaram “ativa e continuamente” do esquema de corrupção investigado pela força-tarefa. Os investigadores também coletaram provas e depoimentos por meio de acordos de colaboração. Executivos confirmaram que os repasses financeiros aos envolvidos tinha como objetivo a lavagem dos capitais. Segundo o MPF, Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por meio de empresas que ele controlava. Essas companhias foram utilizadas por vários envolvidos no esquema para a geração de recursos destinados ao pagamento de propina.
Entre os participantes estão a UTC Engenharia e a Mendes Júnior Trading Engenharia, que repassaram, respectivamente, R$ 9,104 milhões e R$ 25,5 milhões a Duran, entre 2011 e 2013. No mesmo período, outras empresas contratadas pela administração pública também fizeram depósitos, no em valores superiores a R$ 18 milhões, com a mesma destinação. Já no caso de Assad, a força-tarefa comprovou que ele repassou R$ 24.310.320,37 para Duran, por meio de transferências de contas mantidas por suas empresas em território naciona.
Nesse mesmo contexto, empresas ligadas a outro operador ligado a Duran, Ivan Orefice Carratu, receberam R$ 2.905.760,10 de Assad. Assad foi preso pela primeira vez em março do ano passado, na 10ª etapa da operação. Ele foi condenado a 9 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a ele prisão domiciliar. Ele retornou à prisão no último dia 19 de agosto, por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Agência Brasil
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