As prisões dos ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral nos fazem constatar que o povo brasileiro, depois das manifestações de 2013 ficou mais exigente, não tolerando ver empresários que se locupletam com políticos desonestos - não são todos, ressalve-se - e ladrões que assaltaram os cofres da União, que são mantidos com dinheiro de de impostos pagos por esse mesmo povo com o sor de seu trabalho e que não dispõe, em troca, de saúde, educação e saneamento básico, às vezes reagindo com a condenável invasão de plenário de Casas Legislativas, mas em parte justificados tal o nível de revolta. Outro fator de indignação do povo está na omissão dos órgãos públicos que deveriam proibir, fiscalizar e punir os fraudadores;
No caso específico de Sérgio Cabral, é de espantar a Receita Federal durante tantos anos não tenha se interessado em saber a origem de tanto dinheiro nem de onde tenha vindo tantos bens declarados no seu Imposto de Renda (IRPF). Dinheiro vivo e joias caras podem muito bem ser camuflados, porém mansões de luxo, iate e helicóptero não dá para esconder. Tal crescimento patrimonial não dá para passar batido, mesmo sendo ele casado com uma advogada que deve ser uma das melhores do país, haja vista os contrattos milionários que ela consegue. Parece que os fiscais da Receita só têm olhos para os humildes declarantes do IR. Positivamente, não é nada justo que maus cidadãos possam ostentar riqueza e poder, comendo caviar, bebendo vinhos importados e comprando terno de R$ 140 mil enquanto milhões de brasileiros tomem café da manhã sem saber se poderá almoçar no meio do dia. Vamos continuar exigindo que a Justiça não fique somente nas prisões de Garotinho e Cabral, mas que todos que lhes sejam semelhantes também fiquem atrás das grades. por Airton Leitão
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