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terça-feira, 15 de novembro de 2016

No Brasil, a conta da saúde fica com a prefeitura

Cresce, ano a ano, a participação dos municípios no financiamento da saúde brasileira – hoje, eles respondem por mais de 30% do investimento público no setor. E estão sobrecarregados

RAFAEL CISCATI (REPORTAGEM), ROGÉRIO CASSIMIRO (IMAGENS) E PEDRO SCHIMIDT (EDIÇÃO)
O município brasileiro de Américo Brasileiro, no interior de São Paulo, é uma cidade pacata e pequena, encravada em meio a canaviais. Tem meros 40 mil habitantes, casas térreas e ruas vazias durante os dias úteis, quando todos trabalham e poucas pessoas passeiam.

É uma cidade como várias outras no Brasil. Como vários outros municípios brasileiros, Américo Brasiliense também carrega um desafio: oferecer serviços de saúde de qualidade para toda a sua população. Américo está entre as cidades brasileiras que mais investem em saúde em proporção da própria receita: aplicou, em 2015, 35% das receitas municipais no setor. É bastante. A lei determina que as cidades devem aplicar, no mínimo, 15%. Mas é insuficiente. Américo é uma cidade pequena que arrecada poucos impostos. Os 35% destinados à saúde, significativos para o orçamento municipal apertado, não bastam para atender a todas as necessidades da cidade. MAIS

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