O mais importante da entrevista do presidente Michel Temer no programa Roda Viva, desta segunda-feira (14), foi o sentido de preocupação em termos de insegurança pública frente a uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente receia pelo surgimento de grandes manifestações de movimentos sociais contra uma decisão do Judiciário sobre o petista. "Se Lula for preso, isso causa instabilidade para o país, porque haverá movimentos sociais de contestação à decisão do Judiciário. Isso pode, sim, criar problemas. Eu não tenho dúvidas", disse Temer.
A frase do presidente da República reverbera, também, o discurso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no mesmo dia. Ao criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 55 que visa implantar um limite no teto dos gastos públicos do governo federal, a parlamentar disse que o povo tem que se manifestar. “O governo têm plena consciência de que está cada vez mais difícil convencer a população sobre tamanha falácia, e por isso tem muita pressa em aprovar a medida e não querem ouvir a opinião do povo”.
A sintomática fala de Michel Temer sobre Lula é sobre o Brasil
Com precisão, a senadora concluiu que “para o andar de cima, a PEC 55 não existe” e que “vai sobrar para o dependente do SUS, para o pai que tem filho em escola pública e para os extremamente pobres que dependem do amparo do Estado. É por isso que eles têm medo do referendo, medo de enfrentar o debate popular”, disse Gleisi.
Em entrevista à Folha de S.Paulo desta terça-feira (15), um novo alerta: Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência durante o governo Lula, reclamou do estardalhaço criado pela Polícia Federal em torno de obras na piscina do Palácio da Alvorada, alvo de investigação por ter sido reformada pela Odebrecht, mas que, defende Carvalho, estava num consórcio com mais outras 21 empresas contratadas. MAIS AQUI
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