por Robson Pires - Técnica criada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos é capaz de tratar lesões pré-cancerígenas no colo do útero de maneira menos invasiva, usando um processo chamado terapia fotodinâmica. Quando não tratadas, essas lesões podem levar ao câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer mais comum na população feminina.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que 16.340 mil novos casos de câncer do colo do útero surjam neste ano. Para evitar a disseminação da doença, o estudo, inciado em 2011 pelos pesquisadores Natalia Mayumi Inada e Vanderlei Salvador Bagnato, começou eliminando verrugas causadas pelo papiloma vírus humano (HPV).
Por meio da terapia fotodinâmica, a paciente aplica, na região do colo do útero, um creme capaz de entrar na célula e criar uma substância fotosensibilizadora. Com a paciente deitada em posição ginecológica, o equipamento que projeta luz é introduzido durante 20 minutos.
“Em contato com a luz, em determinado comprimento de onda, é feito o efeito fotodinâmico. São reações físicas e químicas que vão matar a lesão. A ideia da terapia fotodinâmica é um tratamento não invasivo, que reduz ou elimina a lesão”, explica a pesquisadora da USP que trabalha no projeto, Fernanda Mansano Carbinatto.
As pacientes tratadas no primeiro estágio da pesquisa alcançaram 100% de cura. Diante do sucesso, o equipamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já é comercializado para o tratamento de lesões de baixo grau. O desafio dos pesquisadores, agora, é investigar o desempenho da terapia em lesões pré-malignas, ou seja, em estágios mais avançados.
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