por Samuel Celestino**Foto: Lula Marques/ Agência PT
O ministro Henrique Meirelles, tido como mais importante do grupo ministerial do presidente interino Michel (alguns dos quais intragáveis na sua incompetência), tem dito nos últimos dias, ao falar para empresários, que a crise que está a assolar o país é a mais grave desde o início do século XX. E pior do que a recessão dos anos 30. Ao mesmo tempo em que faz estas ilações, arremata com uma informação mais do que positiva: o país poderá melhorar substancialmente no setor econômico já no próximo trimestre (?). Mas não diz a razão ao pensar de tal forma. A crise econômica que o país atravessa é, de fato, um desastre como poucos, talvez o maior do século XX, como diz o ministro, quando o Brasil passou a ser República em 1889, num golpe de estado contra a monarquia desferido pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao citar o início do século (11 anos após o golpe de Deodoro) provavelmente foi além do que pensava ser. Para um jornalista político que acompanha os fatos há mais de 45 anos, como é o meu caso, é necessário refletir diversas vezes sobre a questão que acaba por levar à conclusão que não foi bem assim. Se fosse, teria que admitir que a geração de hoje esteja mergulhada numa situação absolutamente constrangedora. Chega-se, então, à compreensão que o século XXI tem sido, até aqui, um desastre completo, a partir do último governo FHC e de todo o período petista. Primeiro com Lula e, em sequência, com Dilma Rousseff. Não se sabe qual dos dois jogou o país no abismo maior. Que o abismo foi gerado, não há a menor dúvida. Mentiram e mentiram muito, o que nos leva a outra conclusão: os políticos deste século geraram uma corrupção desenfreada. Como entender dessa forma se desde que existem políticos há corrupção de uma forma ou de outra? Será que os deste século foram mais ladinos? Isto leva a crer que o PT foi determinante neste jogo. Ou não? Vocês respondem. Se roubaram, roubaram muito sem que o país soubesse o que ocorria nas trevas, nem mesmo em relação à dilapidação da maior estatal brasileira, a Petrobras. O empresariado das grandes empresas se transformou em bandidos no marmelo com os políticos. Aí o país naufragou de vez. Bem, este é o século XXI. O que dele se esperava nada aconteceu. Piorou. bn
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