A situação da inadimplência no Brasil é pior do que revelam os indicadores públicos e privados. É o que afirmam especialistas ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Seja pela diferença de metodologia seja pela dificuldade hoje de se negativar um devedor em atraso, as taxas divulgadas não condizem com realidade. Nos Estados de São Paulo e Mato Grosso vigoram leis que proíbem a inclusão do inadimplente no cadastro negativo sem prévia comunicação pelos Correios com Aviso de Recebimento (AR).
Só São Paulo responde por 30% de toda a inadimplência nacional e por 60% a 70% da região Sudeste, segundo dados da Serasa Experian. Sem os números de devedores atrasados no Estado, os resultados da inadimplência ficam comprometidos. Por conta disso, parte dos birôs de crédito deixou de divulgar esses dados. É o caso, por exemplo, da própria Serasa Experian. A SPC Brasil mantém a divulgação, mas exclui a Região Sudeste.
A economista-chefe da SPC Brasil, Marcela Kawauti, atesta que o número dos inadimplentes no País hoje é seguramente maior que os 59 milhões de pessoas que ficaram com seus CPFs sujos, segundo levantamento da própria SPC Brasil. Ela explica que do levantamento, já com dados de abril, não constam os devedores inadimplentes da região Sudeste. Leia AQUI
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