Sem conseguir atendimento em hospitais de Feira de Santana, Patrícia dos Santos Silva, 29 anos, que estava grávida de oito meses, viu o filho morrer aos seus pés. De acordo com Silvio Sena Souza, que é marido de Patrícia, após tentar atendimento nove vezes no Hospital Geral Clériston Andrade e também no Hospital da Mulher, o filho deles caiu no chão, bateu a cabeça e morreu.“Saímos do Clériston ontem as 3h da manhã sem atendimento. Eles falaram que minha esposa não estava na hora de ter a criança. Ela estava com oito meses, mas a gravidez dela era de risco e ela necessitava fazer um parto cesariano. Tenho todos os documentos para provar. A médica disse que não ia atender, então voltei para casa, depois fui para o Hospital da Mulher, mas também não atenderam”, disse.O marido de Patrícia conta que após ter os atendimentos negados, eles foram até o posto de saúde do bairro Limoeiro, onde moram. Ele afirma que chegou ao local as 8h e uma médica que estava de plantão tentou contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para solicitar uma ambulância, mas até por volta de 11h não havia conseguido.
“Às 11h a médica ainda tentava solicitar a ambulância. A minha esposa levantou, pois estava sentindo muitas dores, a criança caiu no chão, bateu a cabeça e morreu aos meus pés e da minha esposa. Fiquei desesperado”, relatou.De acordo com o marido de Patrícia, no Hospital da Mulher os médicos informaram que não iam atender porque Patrícia tinha que tirar líquido, pois deu excesso na barriga e a criança estava sem desenvolver. Já no Clériston Andrade que segundo ele, é o hospital que tem o aparelho, os médicos informaram que não iam fazer o procedimento, pois não tinha leito para deixar a criança.Patrícia dos Santos Silva está internada no Hospital Clériston Andrade em estado estável.A assessoria de imprensa do HGCA informa que a paciente foi atendida por volta das 18 horas e que o médico avaliou a paciente, que não estava em trabalho de parto. Ainda conforme a assessoria, a médica que examinou a paciente concluiu que não se tratava de uma paciente de alto risco.(Acorda Cidade)
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