Foto: Agência Brasil
Um vídeo de 2009, que faz parte das investigações da Operação Lava Jato contra o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), mostra o então presidente do PSDB Sérgio Guerra em uma reunião para frear a CPI da Petrobras. Segundo informações do vídeo obtido pelo G1, Sérgio, que morreu em 2014 aos 66 anos, conversa com o diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o próprio Dudu da Fonte, o lobista Fernando Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, um executivo da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, e um empreiteiro da Galvão Engenharia, Erton Medeiros. A Procuradoria-Geral da República informou que as imagens foram gravadas pelo circuito interno de segurança de uma sala comercial localizada no edifício Leblon Empresarial, na zona sul do Rio de Janeiro. Os seis estariam acertando o pagamento de R$ 10 milhões em propina ao tucano para que ele freasse as investigações da CPI da Petrobras no Senado “preferencialmente com um relatório ‘genérico’ sem a responsabilização das pessoas”. Ainda segundo denuncia, a propina saiu de empresas participantes de esquema instalado na Diretoria de Abastecimento da petrolífera. Rodrigo Janot informou que Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que os demais parlamentares do PSDB, na época oposição ao Governo, não aprofundassem as investigações. Ainda segundo o procurador, Eduardo da Fonte “tinha conhecimento do esquema criminoso instalado na estatal e interesse na sua manutenção, por isso participou de toda a negociação para a solicitação e o acerto da propina”. Na conversa é possível ouvir Guerra afirmando que não concordava com a Comissão Parlamentar de Inquérito. “Eu tenho horror a CPI (…). Fazer papel de Polícia, parlamentar fazendo papel de Polícia”, revelou. bn
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