A queda na demanda por voos internacionais está levando companhias aéreas estrangeiras a suspender rotas para o Brasil. A aérea sul-coreana Korean Airlines anunciou na noite desta quinta-feira que deixará de voar para São Paulo a partir de setembro. Há poucos dias, a Air France informou que também suspenderá os voos entre Paris e Brasília no mesmo mês. Em abril, a demanda por voos internacionais caiu 4% em relação a igual mês de 2015, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), embora no acumulado do ano ainda mantenha crescimento de 1,9%. Esse cenário tem preocupado as aéreas estrangeiras. Com a suspensão da rota Seul-São São Paulo em 26 de setembro, a Korean Airlines encerrará suas operações no Brasil. Essa é a única rota operada pela companhia no país, com três frequências semanais. No comunicado enviadoao mercado, a empresa não cita as razões que a levaram a tomar tal decisão, mas nos bastidores comenta-se que as atividades da sul-coreana estavam deficitárias no Brasil, devido a menor procura pelo voo. No caso da Air France, os voos Paris-Brasília serão suspensos a partir d 15 de setembro. A empresa diz a decisão foi tomada “em virtude da queda da demanda na rota, causada pela desaceleração econômica do Brasil”. A Air France manterá as rotas Paris-Rio (11 frequências semanais) e Paris-São Paulo (14 frequências semanais). Na contramão, a brasileira Azul está ampliando seus destinos internacionais. Vai começar a voar para Lisboa no próximo dia 22, inaugurando suas operações na Europa, e, a partir de 1º de julho, começa a voar para Motevidéu. Hoje, a Azul atende três destinos no exterior: Caiena (Guiana Francesa), Orlando e Fort Lauderdale (ambos nos Estados Unidos). A nova rota para Lisboa acontece no momento em que a Azul está investindo US$ 100 milhões em títulos da portuguesa TAP que poderão ser convertidos em ações da empresa no futuro. Em Lisboa, clientes da Azul poderão se conectar e mais de 60 destinos por meio de voos operados pela TAP, com quem a Azul já tem acorde de compartilhamento de voos. (O Globo)
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