"Doadores vão pensar duas vezes antes de contribuir para campanhas", diz especialista
O fim do financiamento privado de campanha pode dar brechas para corrupção e vai favorecer partidos que já tem estrutura bem desenvolvida, afirmam especialistas ouvidos pelo iG.
Em ano de eleições municipais, as legendas terão de trabalhar com a novidade do fim das doações de empresas para campanhas, que foi decidida no ano passado e fazia parte da pauta da reforma política no Congresso. Com a nova regra, apenas pessoas físicas podem doar e o valor não pode ultrapassar 10% do patrimônio declarado.
“A criatividade da corrupção é sempre impressionante”, afirma o doutor em Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV), Álvaro Martim Guedes. Apesar da nova legislação tentar inibir esses casos, avalia, nada impede que esse tipo de financiamento ilegal aconteça. “Todos os doadores de campanha, até então, tinham intenções de garantir a fidelidade do candidato a seus interesses, e esse processo está muito inibido. Agora estão pensando duas vezes antes de firmar esse compromisso.” Leia AQUI
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