Os bolivianos rejeitaram neste domingo por uma apertada maioria uma reforma constitucional, votada em referendo popular, que permitiria ao presidente Evo Morales candidatar-se a um novo mandato presidencial e se manter no poder até 2025, segundo dados extraoficiais, divulgados por canais privados de TV. A emissora ATB deu a vitória ao 'Não' por 52,3% dos votos, contra 51% registrados pela concorrente, Unitel. O voto no 'Sim' teria obtido 47,7% segundo a primeira e 49% de acordo com a segunda. Se os resultados extraoficiais se confirmarem, esta seria a primeira e mais séria derrota eleitoral direta do presidente boliviano, há dez anos no poder, embora em 2015 seu partido já tenha perdido cargos-chave nas eleições municipais. Isto o obrigaria a passar a faixa presidencial no início de 2020, quando finalizar seu terceiro mandato. "A Bolívia disse não!", disse, eufórico, o governador de Santa Cruz (leste), Rubén Costas, líder de um setor da oposição, enquanto o ex-candidato presidencial Samuel Doria Medina, derrotado duas vezes por Morales, avaliou: "recuperamos a democracia e recuperamos o direito de escolher".No poder desde 2006, Morales já conseguiu se reeleger duas vezes após vitória na Justiça, que o permitiu concorrer em 2014 ao considerar que seu primeiro mandato, até 2010, não entraria na conta por causa da promulgação da atual Constituição, em 2009.
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