Marina Oliveira e Louise Vernier**Do UOL, em São Paulo**Getty Images
O historiador Pedro Funari diz que o mundo ocidental transformou a morte em tabu
Ainda que seja difícil aceitar, a morte é certa e irremediável. Morrer é tão natural quanto nascer e crescer. Mesmo assim, nos perguntamos: se morrer é parte da vida, por que o tema nos assusta tanto?
"Para algumas pessoas, é complicado encarar a finitude, aceitar que o que se tem hoje vai cessar em algum momento", afirma a psicóloga Maria Júlia Kovács, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
De acordo com o historiador Pedro Paulo Funari, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o mundo ocidental moderno transformou a morte em tabu. O assunto é evitado nas conversas do dia a dia e ocultado das crianças, assim como outros temas que remetam ao assunto, como a velhice e a enfermidade.
"Antes, na tradição ocidental, a morte era um acontecimento para ser vivido, com refeição no velório e tudo", afirma. "Depois da Segunda Guerra Mundial, o mundo voltou-se demais para o presente e o hedonismo começou a predominar. A morte passou, então, a ser relegada", diz.
Em outras culturas, a visão que se tem da morte é bem diferente. E não apenas no mundo oriental. No México, por exemplo, o Dia dos Mortos é celebrado com muita festa. Até banquetes são feitos nos cemitérios, por ocasião da data.
"No dia do falecimento de alguém querido, eles praticam rituais alegres. Nas comemorações posteriores, esses rituais são mais animados ainda", diz Funari. Leia mais em: http://zip.net/bdqMSr
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