Perseguido desde antes do jogo, Aranha rebateu a torcida do Grêmio no reencontro após os atos racistas do duelo entre as equipes pela Copa do Brasil no último dia 28. E as duas maneiras encontradas pelo camisa 1 para revidar as vaias e os xingamentos de "veado" vindos do povo foram uma boa exibição e as palavras. No intervalo e depois do jogo ele disse que é triste ver que a torcida concorda com as atitudes de três semanas atrás. Além disso, bateu boca com uma repórter na saída do campo. E debaixo das traves foi o principal responsável pelo 0 a 0.
No primeiro tempo, após mais de 45 minutos de vaias e xingamentos, nenhum de cunho racista, vindos do torcedor gremista, Aranha disparou. "Tento fazer meu trabalho bem feito. É triste que a torcida do Grêmio concorde com aqueles atos. Se tiver que dar desculpas para este povo, não dou desculpas não", disse deixando o campo. Ao final do jogo, repetiu as declarações.
Tudo começou bem mais cedo. Aranha percebeu a repercussão da denúncia de atos racistas da torcida do Grêmio no último dia 28 logo antes do primeiro minuto do reencontro, nesta quinta-feira. Ao pisar no gramado da Arena do Grêmio, três semanas depois de ser chamado de 'macaco' no estádio, o goleiro foi vaiado, e muito. No aquecimento, distanciou-se do local de onde partiram os xingamentos, a arquibancada. Postou-se em frente as cadeiras, e de lá ouviu muitos palavrões, mas nada com viés discriminatório.
Após cerca de 15 minutos rebatendo chutes do preparador de goleiros do Santos ao lado do suplente Gabriel Gasparotto, Aranha retornou aos vestiários e novamente ouviu expediente de vaias. Sob observação das câmeras de transmissão da partida, que em vez de procurarem os jogadores estavam voltadas aos torcedores para flagrar qualquer ato fora do comum, os aficionados pressionaram o primeiro nome a escalação visitante.
A volta ao campo para o jogo não demoraria. Dos vestiário, antes disso, Aranha ouviu novas vaias. Quando seu nome foi anunciado no sistema de som do estádio tricolor e a foto apareceu no telão, o som lembrou momentos em que o principal desafeto do clube, Ronaldinho Gaúcho, esteve na casa gremista como adversário.
Aranha entrou em campo junto a seus companheiros, buscou o isolamento natural de um goleiro, e sozinho na área da meta que defenderia na primeira etapa, exatamente a mesma onde esteve quando ouviu os gritos de 'macaco' vindos da arquibancada, foi xingado, cobrado, vaiado, e nada fez. Apontou aos céus pedindo proteção, caminhou de um lado a outro, não respondeu em momento algum.
Com a bola rolando, os cânticos de apoio ao Grêmio deram lugar ao uníssono chamado "veado". "Aranha, veado, Aranha, veado", bradavam os gremistas. E a cada toque na bola, quando não vaias, foi este o tom que partiu do público.
Abalado? Nada disso. Ao que parece, em vez de desestabilizar o camisa 1, a torcida do Grêmio o motivou a atuar ainda melhor. Aranha foi fundamental em ao menos dois lances no princípio da partida. Ambos contra Lucas Coelho. O primeiro, o centroavante entrou pela direita e bateu cruzado para rebatida do goleiro. No segundo, do lado oposto, Aranha tocou de leve na bola e fez com que ela tivesse a trave como destino, e não a rede.
Aos 44 minutos, Aranha se envolveu em um lance polêmico com Dudu. Em uma disputa de bola levou um pisão do gremista, teve até a meia rasgada. O lance não foi intencional, o meia-atacante pediu desculpas. Mas era tudo que a torcida gremista queria para reforçar a cobrança ao goleiro. Aranha ficou cerca de dois minutos no chão, levantou, e seguiu o jogo. No intervalo, a alcunha de "veado" foi o tom novamente.
"Tento fazer meu trabalho bem feito. É triste que a torcida do Grêmio concorde com aqueles atos. Se tiver que dar desculpa para este povo, não dou desculpas não", disse deixando o campo. Alguns tricolores, ironicamente, aplaudiram.
Logo no princípio do segundo tempo, a boa atuação voltou a ser testada. Aos 2 minutos, um chute de Dudu parou novamente nas mãos do xingado goleiro. E quando Lucas Coelho chegou cara a cara com ele, aos 6, novamente Aranha pegou.
No segundo tempo foi menos exigido, mas postou-se sempre bem. Se a torcida queria atrapalhar o goleiro, deu a ele uma razão para jogar como nunca. Saiu sem ser vazado.
Após a partida, cercado de jornalistas, Aranha bateu boca com uma repórter de TV ao ser questionado sobre o que aconteceu no duelo desta quinta-feira. "Não ligo com vaia, com manifestação torcedor desde que seja no esporte, sem ser hipócrita fala as coisas, acha o que quer, sabe que a vaia foi diferente. Você sabe porque (foi diferente)", falou o goleiro. "Tudo o que aconteceu, ou não foi nada? Ou você concorda com o que aconteceu?", completou.
No primeiro tempo, após mais de 45 minutos de vaias e xingamentos, nenhum de cunho racista, vindos do torcedor gremista, Aranha disparou. "Tento fazer meu trabalho bem feito. É triste que a torcida do Grêmio concorde com aqueles atos. Se tiver que dar desculpas para este povo, não dou desculpas não", disse deixando o campo. Ao final do jogo, repetiu as declarações.
Tudo começou bem mais cedo. Aranha percebeu a repercussão da denúncia de atos racistas da torcida do Grêmio no último dia 28 logo antes do primeiro minuto do reencontro, nesta quinta-feira. Ao pisar no gramado da Arena do Grêmio, três semanas depois de ser chamado de 'macaco' no estádio, o goleiro foi vaiado, e muito. No aquecimento, distanciou-se do local de onde partiram os xingamentos, a arquibancada. Postou-se em frente as cadeiras, e de lá ouviu muitos palavrões, mas nada com viés discriminatório.
Após cerca de 15 minutos rebatendo chutes do preparador de goleiros do Santos ao lado do suplente Gabriel Gasparotto, Aranha retornou aos vestiários e novamente ouviu expediente de vaias. Sob observação das câmeras de transmissão da partida, que em vez de procurarem os jogadores estavam voltadas aos torcedores para flagrar qualquer ato fora do comum, os aficionados pressionaram o primeiro nome a escalação visitante.
A volta ao campo para o jogo não demoraria. Dos vestiário, antes disso, Aranha ouviu novas vaias. Quando seu nome foi anunciado no sistema de som do estádio tricolor e a foto apareceu no telão, o som lembrou momentos em que o principal desafeto do clube, Ronaldinho Gaúcho, esteve na casa gremista como adversário.
Aranha entrou em campo junto a seus companheiros, buscou o isolamento natural de um goleiro, e sozinho na área da meta que defenderia na primeira etapa, exatamente a mesma onde esteve quando ouviu os gritos de 'macaco' vindos da arquibancada, foi xingado, cobrado, vaiado, e nada fez. Apontou aos céus pedindo proteção, caminhou de um lado a outro, não respondeu em momento algum.
Com a bola rolando, os cânticos de apoio ao Grêmio deram lugar ao uníssono chamado "veado". "Aranha, veado, Aranha, veado", bradavam os gremistas. E a cada toque na bola, quando não vaias, foi este o tom que partiu do público.
Abalado? Nada disso. Ao que parece, em vez de desestabilizar o camisa 1, a torcida do Grêmio o motivou a atuar ainda melhor. Aranha foi fundamental em ao menos dois lances no princípio da partida. Ambos contra Lucas Coelho. O primeiro, o centroavante entrou pela direita e bateu cruzado para rebatida do goleiro. No segundo, do lado oposto, Aranha tocou de leve na bola e fez com que ela tivesse a trave como destino, e não a rede.
Aos 44 minutos, Aranha se envolveu em um lance polêmico com Dudu. Em uma disputa de bola levou um pisão do gremista, teve até a meia rasgada. O lance não foi intencional, o meia-atacante pediu desculpas. Mas era tudo que a torcida gremista queria para reforçar a cobrança ao goleiro. Aranha ficou cerca de dois minutos no chão, levantou, e seguiu o jogo. No intervalo, a alcunha de "veado" foi o tom novamente.
"Tento fazer meu trabalho bem feito. É triste que a torcida do Grêmio concorde com aqueles atos. Se tiver que dar desculpa para este povo, não dou desculpas não", disse deixando o campo. Alguns tricolores, ironicamente, aplaudiram.
Logo no princípio do segundo tempo, a boa atuação voltou a ser testada. Aos 2 minutos, um chute de Dudu parou novamente nas mãos do xingado goleiro. E quando Lucas Coelho chegou cara a cara com ele, aos 6, novamente Aranha pegou.
No segundo tempo foi menos exigido, mas postou-se sempre bem. Se a torcida queria atrapalhar o goleiro, deu a ele uma razão para jogar como nunca. Saiu sem ser vazado.
Após a partida, cercado de jornalistas, Aranha bateu boca com uma repórter de TV ao ser questionado sobre o que aconteceu no duelo desta quinta-feira. "Não ligo com vaia, com manifestação torcedor desde que seja no esporte, sem ser hipócrita fala as coisas, acha o que quer, sabe que a vaia foi diferente. Você sabe porque (foi diferente)", falou o goleiro. "Tudo o que aconteceu, ou não foi nada? Ou você concorda com o que aconteceu?", completou.
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