Depois da porta arrombada, cadeado à porta. Os malfeitos na Petrobras são notícia faz tempo. Duas comissões parlamentares de inquérito foram criadas, uma exclusiva do Senado, outra mista, reunindo deputados e senadores. Ambas controladas a mão de ferro pelo governo. Na semana passada, esteve na CPI Mista o ex-diretor de Abastecimento e Refino da maior empresa brasileira Paulo Roberto Costa. Limitou-se a repetir várias vezes o velho chavão: “Me reservo o direito de ficar calado”.
Quem preferiu falar foi a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Em entrevista na sexta-feira no Palácio da Alvorada, ela anunciou que pedirá ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso aos autos da delação premiada de Costa, que está preso na Polícia Federal, em troca de redução da pena. Agora? Só agora a presidente se interessa em saber o que aconteceu? Ou é porque começam a aparecer denúncias envolvendo dezenas, é, dezenas, fala-se em 70 ou 80 parlamentares. E quem sabe aparece alguém da oposição para Dilma poder dizer que a corrupção na Petrobras não atinge só o governo?
Se a Petrobras, um orgulho nacional, está nessa situação, para piorar, outro orgulho nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulga dados errados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). E o que faz o governo? A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, diz que o governo “está chocado”. Ainda bem que reconhece. E anuncia duas providências. Vai criar uma comissão para conferir a “consistência” da pesquisa e outra para tentar encontrar os responsáveis pelos erros.
E é assim que a disputa presidencial entra na reta final. Uma denúncia atrás da outra, um erro atrás do outro. É uma triste sina para os brasileiros chegar à urna eletrônica com um clima desse. Se não chove, no governo há tempestades com trovoadas. por Eduardo Homem de Carvalho
Quem preferiu falar foi a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Em entrevista na sexta-feira no Palácio da Alvorada, ela anunciou que pedirá ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso aos autos da delação premiada de Costa, que está preso na Polícia Federal, em troca de redução da pena. Agora? Só agora a presidente se interessa em saber o que aconteceu? Ou é porque começam a aparecer denúncias envolvendo dezenas, é, dezenas, fala-se em 70 ou 80 parlamentares. E quem sabe aparece alguém da oposição para Dilma poder dizer que a corrupção na Petrobras não atinge só o governo?
Se a Petrobras, um orgulho nacional, está nessa situação, para piorar, outro orgulho nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulga dados errados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). E o que faz o governo? A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, diz que o governo “está chocado”. Ainda bem que reconhece. E anuncia duas providências. Vai criar uma comissão para conferir a “consistência” da pesquisa e outra para tentar encontrar os responsáveis pelos erros.
E é assim que a disputa presidencial entra na reta final. Uma denúncia atrás da outra, um erro atrás do outro. É uma triste sina para os brasileiros chegar à urna eletrônica com um clima desse. Se não chove, no governo há tempestades com trovoadas. por Eduardo Homem de Carvalho
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