O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), acusou o governo estadual, por meio da Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa), e a Petrobras de não pagar a cota de patrocínio do Carnaval deste ano. A declaração esquenta a crise entre o Estado e a prefeitura, que envolve discordâncias na licitação de ônibus, no sistema de metrô e na regulação do serviço de abastecimento de água na capital, com direito a troca de farpas entre Neto e o governador Jaques Wagner. Em entrevista à Rádio Metrópole nesta quarta-feira (17), o gestor disse que a administração municipal também não recebeu o repasse da estatal Petrobras, que também patrocinou o evento. “São coisas que foram patrocínio, não foram benesse, tapinha nas costas”, diz. Segundo Neto, o governo estadual, através da Desenbahia, ainda cancelou um empréstimo de R$ 50 milhões previsto para a prefeitura. “Quando começou o processo eleitoral, [a Desenbahia] me mandou uma carta rejeitando o financiamento”, afirma. O prefeito conta que conseguiu ajustar as contas da prefeitura no ano passado e pagar todas as obras de recapeamento asfáltico, com recursos próprios, sem dinheiro do governo baiano e federal. “Além de cancelar empréstimo [da Desenbahia] para a prefeitura, além de não colocar nenhum centavo, ainda está devendo”, criticou. Na entrevista, Neto prometeu que fará uma avaliação dos dois anos do governo no final de 2014 e, na área "que não deu certo", pode haver troca de comando. “Não tenho nenhum compromisso com quem não deu resultado”, rechaçou. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário