Uma mulher ficou presa durante três anos em um banheiro devido ao fato de seu marido não ter recebido o dote matrimonial exigido no estado de Bihar, no centro da Índia, informaram fontes oficiais.
A jovem de 25 anos, que foi resgatada no último domingo, na cidade de Darbhanga, trazia as roupas esfarrapadas, as unhas cumpridas e os cabelos maltratados. Além de ter ficado presa em um pequeno espaço, a jovem era alimentada com restos de comida, afirmou o porta-voz da delegacia local, Seema Kumari, à agência indiana "PTI".
Em 2010, pouco tempo depois de ter se casado, o marido e seus sogros começaram a torturar jovem, que viu sua situação piorar com a chegada de sua filha, sendo impedida de ver a mesma.
O porta-voz da delegacia disse que, ao sair, a primeira coisa que a mãe fez foi perguntar sobre sua filha, de três anos. Ao perceber que a menina não a reconhecia, ela começou a chorar desconsoladamente.
A polícia deteve o marido e os sogros da vítima graças à insistência do pai da jovem, que estava cansado de ser impedido de ver sua filha.
Na Índia, a família das mulheres é obrigada a pagar um dote à família do marido, uma prática proibida por lei, mas que se tornou popular com a chegada da modernidade e do consumismo. Em junho deste ano, uma mulher foi queimada viva por seu marido no norte do estado de Uttar Pradesh, a qual não teria pago o valor combinado pelo dote.
As mulheres indianas são vistas como uma fonte de despesas e, por isso, a família do noivo exige uma quantia para compensar as perdas econômicas que terá que arcar no futuro, levando em conta o alto custo das cerimônias matrimoniais. Por conta desses motivos, cerca de 25 mil a 100 mil mulheres são assassinadas por ano no país, segundo dados da Fundação Vicente Ferrer. Foto: BBC---Fonte: Ansa
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