O artigo a seguir é de Alberto Goldman, Folha de S. Paulo de hoje. O trecho a seguir foi destacado pelo editor, mas há muito mais. Goldmann foi governador de SP. Leia texto integral no link:
Minha experiência é repleta de episódios de disputas em que profundas modificações se dão no processo eleitoral, produzindo grandes mudanças na intenção de voto dos eleitores até o dia da votação. Já assisti a isso em eleições em todos os níveis. Fernando Henrique perdeu a eleição para prefeito de São Paulo nas 48 horas que antecediam a eleição de 1985. Luiza Erundina venceu o pleito municipal em São Paulo, em 1988, na última semana, atropelando Paulo Maluf e João Leiva.
. Em 1989, na sucessão de José Sarney, tudo fazia crer que Brizola venceria. Para surpresa geral, o desconhecido Fernando Collor cresceu, acompanhado de Lula. Os dois foram para o segundo turno e Brizola ficou de fora. Na última disputa municipal em São Paulo, o azarão Celso Russomano parecia imbatível, disputaria sem qualquer dúvida o segundo turno. Não foi o que ocorreu. O caso mais emblemático que vivi semelhante com o que está ocorrendo até agora foi em 1986, na disputa ao governo de São Paulo. O quadro no início da campanha era Maluf em primeiro, Orestes Quércia logo atrás. Inesperadamente, e já próximo à data da eleição, o PTB lançou Antônio Ermírio de Moraes, empresário de respeito, que imediatamente apareceu em segundo, muito perto de Maluf, jogando Quércia para baixo (com 9 % nas pesquisas).
. Quércia parecia liquidado, a questão seria escolher Maluf ou Antônio Ermírio (não havia segundo turno) e muitos bandearam-se para o empresário, considerado o "mal menor". O resultado final foi Quércia vitorioso, Antônio Ermírio em segundo e Maluf lá atrás. CLIQUE AQUI para ler todo o artigo.
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