As eleições para governador e senador da Bahia podem sofrer reviravoltas, pelo menos se forem levados em conta os índices dos indecisos e dos votos brancos e nulos, passíveis de modificação de posicionamento. O Ibope, na última pesquisa divulgada, apresentou 35% do público eleitor nesse patamar, quanto ao Senado federal, o dado é de 26%. Para o professor de História da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e comentarista político Carlos Zacarias, a questão reflete um perfil de eleitor que ainda não procurou saber a situação da campanha. “Os índices seguem um fluxo normal, comparado aos pleitos anteriores. Esse perfil, geralmente, vai ser convencido no próprio dia, na reta final, na boca de urna. Boa parte do eleitorado tem pouco apreço pela política. Vão se empolgar nos próximos dias e vai cair a ficha que ‘vão ter que votar em alguém’. Outro detalhe: há possibilidade deles votarem nas primeiras pessoas que vieram na cabeça”, analisou. O comentarista também apontou os artifícios utilizados na campanha para poder fisgar a atenção e o voto desse segmento ainda indefinido. “Há vários recursos de placas, nomes, números. A massificação de jingles, por exemplo, é um recurso. Para este público, vamos supor, o importante é ter a lembrança do nome, o que garante que a figura vai lembrar é da propaganda, é memorizar o que está sendo vendido. Para eles não importa se tem projeto ou proposta, mas que seja algo que o lembre”, afirmou. Informações da Tribuna da Bahia.
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