Está hoje na mídia a informação de que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) baixou norma segundo a qual não inscreverá em seus exames vestibulares candidatos que façam declaração falsa da cor de sua pele com o objetivo de se beneficiar da cota de negros para obtenção de vaga em faculdades. De modo bastante absurdo, é o próprio vestibulando que diz qual é a sua cor;
Já teve caso de um aprovado em vestibular que se declarou negro obter vaga numa faculdade, ao mesmo tempo em que seu irmão gêmeo idêntico foi reprovado no mesmo vestibular porque havia declarado que sua cor era branca;
Para mim, essa política de cotas serve para estimular o racismo. Conheço um médico que viu sua filha ser reprovada cinco vezes para o curso de Medicina. O sonho dela era seguir a carreira do seu pai, mas ela, apesar de ter pele negra, sempre rejeitou o privilégio do benefício da cota. No último vestibular que havia feito obteve média 8,1, mas viu negros ganharem vagas com média pouco acima de 5,0, e resolveu desistir. Estimulada pelo pai, fez as provas outra vez e passou em primeiro lugar;
Há uma solução para o controle desse problema. Na Certidão de Nascimento está registrada a cor da pessoa. Nela há um declarante e a assinatura de duas testemunhas, além da assinatura do tabelião, que tem fé pública. Valeria o está escrito num documento oficial. Se o candidato ao vestibular se declara negro e na certidão ele é branco, que recorra aos meios legais na Justiça para fazer jus ao benefício;
Aliás, fica aqui uma indagação: como é que se mede a cor da pele? por Airton Leitão
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