Foto: Reprodução Facebook
A Polícia Militar de Sorocaba (SP) localizou na manhã desta quinta-feira (11) a jovem apontada como a responsável por agredir a estudante Júlia Apocalipse, de 13 anos, na Escola Estadual Hélio Del Cístia, no Jardim São Guilherme. A adolescente, que tem 16 anos, esteve na Delegacia de Infância e Juventude (Diju) com o tio, que é seu tutor legal. Em entrevista ao G1, ela disse que bateu na adolescente para defender uma amiga. "Ela chamou minha amiga de 'macaca'", afirma. A agressão foi no começo da tarde de terça-feira (9). Segundo informações do boletim de ocorrência, Júlia saiu da escola quando começou a ser agredida pela jovem, que a estava esperando na calçada. A vítima correu para o pátio, mas foi seguida e continuou apanhando. O pai da adolescente, Jairo Apocalipse, diz que a filha apanhou "por ser bonita". “Me contaram que ela [a agressora] batia na minha filha e gritava: ‘Quero ver quem vai te querer agora, quero ver você ser bonita agora’”, diz o aposentado. Júlia teve vários hematomas no rosto, perdeu dois dentes e teve outros afundados. Ela ficou internada em um hospital particular da cidade, onde passou por cirurgia e teve alta na tarde desta quinta-feira (11).
A agressora diz não saber o motivo pelo qual a vítima ficou tão machucada. "Não sei o que ela fez na boca para ficar daquele jeito. Dei alguns murros, mas não foram fortes", conta a agressora, que diz não conhecer a vítima. Ela diz que, após a suposta ofensa contra a amiga, as duas passaram a trocar mensagens com ameaças, até que Júlia a bloqueou. Como não conseguia mais mandar as mensagens, decidiu ir até a porta da escola para "tirar satisfações". "Na escola continuamos a briga, ela caiu e mordeu meu pé. Depois, rolou pela escada e desmaiou", conta. Em nota, a Secretaria da Educação do Estado negou que a agressão tenha ocorrido dentro da instituição de ensino. O tio, que é responsável pela adolescente, conta que ela voltou para casa com as roupas rasgadas, uma marca de arranhão no rosto e com o pé machucado. "Ela me contou o que houve, ficamos esperando a polícia nos chamar. Cuido dela desde que a mãe morreu, ela é tranquila e nos damos muito bem", afirma o tio, que preferiu não se identificar. Segundo a mãe da menina, Débora Apocalipse, Júlia apresenta dificuldades em alguns movimentos devido aos traumas no rosto. “O dentista informou que um dos dentes foi arrancado pela raiz e, pelas condições dele, não pode ser reutilizado." O delegado responsável pelo caso, Newton Ribeiro Guimarães, ouviu na manhã desta quinta a agressora. Os policiais militares que ajudaram no socorro também serão ouvidos, além do pai e da própria vítima. "Aguardamos o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que irá apontar se as lesões foram leves ou graves", explica o delegado., (Fotos: G1 - Jomar Bellini)
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