O advogado Maurício Dal Agnol, acusado de lesar 30 mil clientes ao se apropriar de valores decorrentes de ações movidas contra a empresa de telefonia Brasil Telecom, foi preso na noite desta segunda-feira (22), em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A prisão preventiva do advogado foi decretada pela juíza Ana Cristina Frighetto Crossi, da 3ª vara Criminal de Passo Fundo. A acusação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) tem como alvo não só o advogado, como também a sua esposa, Márcia Fátima Dal Agnol, Pablo Pacheco dos Santos e Vilson Belle, por prática de apropriação indébita, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsificação de papéis públicos. Em outra denúncia, apenas Dal Agnol é acusado de posse de armas de uso restrito, de uso permitido, e receptação. A prisão é para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. O advogado foi encaminhado ao Presídio Regional de Passo Fundo e os demais acusados cumprirão medidas cautelares. Dal Agnol moveu vários processos contra a BRT em nome dos antigos acionistas da Companhia Riograndense de Telecomunicações, que exigiam reajuste nos valores pagos pelas ações da empresa, comprada pela BRT, que deu origem à atual Oi. O defensor foi acusado de trair a confiança de seus clientes e ficar com a maior parte dos R$ 300 milhões obtidos das causas. Ele repassava, em média, 20% do devido ao cliente, ou nenhum valor, em alguns casos. O advogado foi pego ao falsificar um alvará de acordo judicial, no qual a BRT repassa R$ 5 milhões a um grupo de clientes de Dal Agnol. Ele falsificou o documento para repassar R$ 50 mil. A carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do profissional foi suspensa preventivamente. Ele também responde a um processo ético disciplinar da entidade.
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