Por Nelson Liano Jr./www.ac24horas.com
Quem reabilitou a reeleição no Brasil para cargos executivos foi o PSDB. Na ocasião, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia um bom governo e estava com a popularidade em alta. Resolveram conseguir, com o apoio do Congresso Nacional, aprovar uma mudança na Constituição permitindo a reeleição para presidente da República e governadores. FHC ganhou mais um mandato na primeira eleição em que valeu a nova regra, em 1998. Mas depois não conseguiu eleger o seu sucessor, em 2002 e, o PT ganhou o poder e todas as eleições subsequentes. Agora, já são 12 anos e, tudo indica que serão mais quatro. O PSDB perdeu muito da sua força nacional e corre atrás da tentativa, que parece difícil, de colocar o seu candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno para disputar com Dilma Rousseff (PT).
Manobras suspeitas
Até conseguir aprovar a reeleição no Congresso Nacional, em julho de 1997, aconteceram muitas coisas nos bastidores. Alguns deputados federais e senadores receberam “vantagens”. Desde concessão de emissoras de rádios e TV até outros “agrados” imorais.
O casuísmo explícito
Na época, como oposição o PT, que hoje se beneficia com a reeleição, acusava o Governo de FHC de casuísta. Ou seja, queria aprovar a reeleição porque sabia que o presidente tucano seria facilmente reeleito, como de fato foi no primeiro turno.
A cobra que pica
Já o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) vive reclamando que a reeleição é um mal. Mas quando foi para reeleger o FHC era um bem? O fato é que os tucanos perderam o prumo. Como prêmio de consolação mantém o seu poderio político em São Paulo há mais de 30 anos e, outros 16 em Minas.
Derrota em casa
Mesmo assim em Minas parece que vai haver mudanças. Segundo as pesquisas o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) deve vencer o tucano Pimenta da Veiga (PSDB), para o Governo, no primeiro turno.
Processo natural
Acho justo que um presidente ou um governador tenha a oportunidade de testar nas urnas se agradou ou não na sua gestão. Se tiver acertando poderá dar continuidade ao trabalho. Mas se errou dará chance para outro.
O poder da “máquina”
Quem disputa uma eleição contra quem está no poder reclama sempre da “máquina”. Mas essa estrutura é concedida pelos próprios eleitores. O que precisa é de uma fiscalização eleitoral efetiva para que não hajam abusos.
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