Uma possível união entre as operadoras Vivo e TIM é danosa para o setor de telecomunicações brasileiro, já que, juntas, as empresas teriam mais de 50% do mercado de telefonia móvel no país. A opinião é do conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Marcelo Bechara.
A Telefônica, dona da Vivo no Brasil, negocia o controle da Telecom Italia, dona da TIM no país.
Ele afirmou que as informações sobre o aumento de participação da Telefónica na Telecom Italia ainda não foram oficializadas à Anatel, mas disse que, com base no que já foi divulgado, uma eventual consolidação no Brasil "não faria bem ao mercado".
Essa operação geraria uma "concentração muito forte e não bem-vinda" no mercado brasileiro", disse Bechara, nesta quarta-feira (25).
Na terça-feira, fontes da Anatel e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já haviam dito que as autoridades brasileiras não devem permitir que Vivo e TIM --líder e vice-líder do mercado móvel brasileiro, respectivamente-- estejam sob o mesmo controle.
Entrada da Telefónica na Telecom Italia foi aprovada em 2007
Bechara disse ainda que as operadoras já passaram para avaliação dos órgãos reguladores a primeira alteração de participação de capital da Telefónica na Telecom Italia em 2007.
"Uma mudança de cenário implica uma mudança de análise, que pode levar à possibilidade de não convivência em uma só estrutura societária, o que levaria à venda de uma delas, provavelmente a TIM", disse.
A opinião foi apoiada por Maximiliano Martinhão, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações.
"As operadoras participaram de licitações que tinham regras que falavam sobre a limitação de frequências. Além disso, uma mesma operadora não pode ter duas autorizações em uma mesma área", disse.
(Com Reuters e Valor)
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