Esqueçamos Luiz Fux, que na primeira parte do julgamento dos mensaleiros votou sistematicamente contra os réus. Agora, por azar deles, mesmo recebendo um abraço dos embargos infringentes, Fux foi eleito, por sorteio, relator desta segunda rodada, que Lula desejava contritamente, mas não que o prazo se elastecesse de maneira que atravesse o período das eleições do próximo ano, para não prejudicar a campanha de Dilma. Será isso que possivelmente acontecerá, porque os advogados dos próprios réus consideram que bem provavelmente o julgamento durará mais de um ano, o que será terrivelmente prejudicial à Corte Suprema, na medida em que outros processos ficarão encalhados. É uma situação criada com a decisão de Celso Mello ao acatar os embargos infringentes, como era esperado, e desempatar por seis a cinco. O interessante é que a corte se desanuviou com a decisão. Viu-se o presidente Joaquim Barbosa rindo, o que não faz parte do seu temperamento, como se dissesse “agora façam o que quiser”. De outro modo, espera-se, porque assim aconteceu sistematicamente na primeira fase, que Fux relate contra os réus e há uma tendência de os ministros acompanharem o voto do relator. O que deveria acabar ontem, atravessará 2014 e estará sempre presente na campanha de Dilma, que, assim, soma mais um prejuízo no seu processo de reeleição. por Samuel Celestino
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