No início dos anos 2000, o Brasil decolava e recebia elogios mundo afora. Com economia estável, o país sofreu pouco durante a crise econômica mundial - registrando crescimento de 7,5% no ano de 2010 enquanto grande parte dos países estavam em recessão. Porém, ao que tudo indica, o crescimento está minguando, segundo a revista britânica "The Economist". Reportagem de 14 páginas, intitulada "Has Brazil Blown it?" (O Brasil estragou tudo?, em tradução livre), questiona se a presidente Dilma Rousseff vai conseguir reiniciar os motores do crescimento.
A publicação reitera que, desde 2011, o Brasil conseguiu apenas 2% de crescimento anual e ressalta ainda o descontentamento da população brasileira, apontando as recentes manifestações ocorridas em junho contra o alto custo de vida, os serviços públicos deficientes e a ganância e a corrupção dos políticos como impeditivos para um salto maior.
Em 2009, a economia do Brasil também foi matéria de capa. A ascensão econômica foi seguida de um elogioso editorial e de um especial de (também) 14 páginas, afirmando que a inclusão do Brasil, em 2003, no grupo de emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) havia surpreendido muitos, mas que havia se mostrado acertada, já que o país apresentava um desempenho econômico invejável.
Na ocasião, a "The Economist" exatlava o desempenho brasileiro, pois as taxas brasileiras superavam as registradas pelos irmãos do Bric. "Ao contrário da China, é uma democracia, ao contrário da Índia, não possui insurgentes, conflitos étnicos, religiosos ou vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, exporta mais que petróleo e armas e trata investidores estrangeiros com respeito.", disse na ocasião.
Enquanto, em 2009, a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016 marcou simbolicamente a entrada do país no cenário mundial, hoje a pergunta da nova edição é outra: Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de recuperação ajudarão o país ou simplesmente vão trazer mais dívida?
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