Pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, compila dados alarmantes sobre o consumo de crack no Brasil. O estudo identificou que as capitais nordestinas estão no topo do ranking nacional. A expectativa de vida dos usuários de crack era, em média, de três anos. Este número constava em pesquisas anteriores a esta divulgada pela Fiocruz. Nesta nova abordagem, mais abrangente e aprofundada, chegou-se à informação de que a média é, na verdade, de oito anos nas capitais e cinco nas cidades da região metropolitana. As mulheres consomem em média 21 pedras por dia e os homens 16. Em uma cracolândia frequentada por 200 usuários circulam cerca de 3.2 mil pedras por dia. Com o preço médio entre R$ 3 e R$ 5. Interessante ressaltar que sabe-se onde estão as cracolândias, mas o poder Público não consegue promover nenhuma medida eficaz de controle.14 dos consumidores são crianças e adolescentes. Se considerado que bebês e crianças de até oito anos foram pesquisados, o percentual é bem maior. O nordeste também lidera este ponto. 10% das mulheres entrevistadas disseram estar grávidas, 17,3% engravidaram depois que passaram a usar o crack, 29,9% já trocaram sexo pela droga ou dinheiro, 44,5% já sofreram violência sexual, 39,5% não usam camisinha e a prevalência de Aids entre elas é oito vezes maior que o normal. Este é quadro apontado pela pesquisa da Fiocruz e divulgado na coluna Tempo Presente deste domingo (22). (Radiopovo)
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