Luiz Megale, de Nova York noticias@band.com.br
Um jornalista esportivo dos Estados Unidos cometeu suicídio no dia do seu aniversário de 60 anos e, na mesma data, publicou um blog que serviria como carta de despedida, relata do colunista da BandNews FM Luiz Megale. “Durante mais de um ano, Martin Manley preparou vários textos nos quais explicava por que havia decidido acabar com a própria vida. E detalhe: o blog não estava publicado. Ele deixou o blog programado para entrar no ar no meio da manhã de sábado”, conta o colunista.
No fim da madrugada de sábado, ele dirigiu o carro até o estacionamento de uma delegacia, ligou para o 911 – telefone da polícia nos EUA –, avisou que um suicídio aconteceria e deu um tiro na cabeça.
“O blog é muito longo. São mais de 70 textos nos quais é possível ver que o jornalista parecia bem lúcido, consciente do que faria”, aponta Megale.
“Resumindo, ele diz que não tinha nenhum problema de saúde, não estava deprimido, não tinha problema financeiro – pelo contrário, tinha mais de US$ 200 mil em aplicações – estava cheio de amigos, mas estava levando a cabo uma decisão que já havia tomado muitos anos antes, a de terminar a coisa toda aos 60 anos porque não via sentido em prosseguir com a vida depois dessa idade”.
“Resumindo, ele diz que não tinha nenhum problema de saúde, não estava deprimido, não tinha problema financeiro – pelo contrário, tinha mais de US$ 200 mil em aplicações – estava cheio de amigos, mas estava levando a cabo uma decisão que já havia tomado muitos anos antes, a de terminar a coisa toda aos 60 anos porque não via sentido em prosseguir com a vida depois dessa idade”.
Uma frase de um dos textos do blog é: “Me responda, você prefere ser lembrado por um único dia graças a um obituário no jornal quando você já era tão velho que não importava mais para ninguém ou ser recordado por muitos anos por causa de um site como esse?”. Ele encerra com: “A morte é inevitável. Portanto, a questão é: quero viver até quando seja humanamente possível ou quero controlar hora, modo e circunstância da minha morte?”, e termina o blog.
O portal Yahoo, que hospedava a página do jornalista, a tirou do ar horas depois do suicídio, o que gerou protestos de familiares porque, assim, estaria sendo negado a Manley exatamente o que ele queria: que os textos fossem lidos após sua morte. “Só que vários internautas copiaram todo o conteúdo e republicaram. Dessa forma, a longa despedida continua disponível a qualquer um que esteja interessado”, observa Megale.
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