Agnaldo Soares Bastos foi preso neste sábado (24), suspeito de ter matado a filha, de oito anos, e a ex-mulher. O corpo da menina foi encontrado nos fundos de um depósito de materiais de construção onde o homem trabalhava em Mongaguá, no litoral de São Paulo. A mãe da criança, Ednéia Silva Mendes, de 38 anos, foi encontrada enterrada nos fundos da casa do suspeito. Segundo a polícia, a mulher e a criança foram mortas na segunda-feira (19), em horários diferentes. As vítimas teriam sido mortas com golpes na cabeça.
O irmão da vítima Josemir Candido da Silva disse que ela estava com medo que o ex-marido lhe fizesse mal. “Ela sempre falava que ele queria matar ela e dizia: ‘Se alguma coisa me acontecer, vocês cuidam da menina para mim". Ela esteve em casa faz um tempo, pedindo para eu e minha esposa ver se tinha como ela ficar em casa com a menina", explica.
O cheiro do corpo da mulher chamou a atenção de vizinhos que ligaram para a polícia. "Por volta das 10h a Polícia Militar recebeu a ligação de uma pessoa dizendo que havia um corpo nos fundos de uma residência. Os policiais realmente constataram um corpo parcialmente enterrado. A partir daí, os policiais de Mongaguá conseguiram encontrar um indivíduo, que teria contato com a vítima. Uma outra informação indicou um corpo de uma menina, que aparentava ter oito anos” explica o capitão da Polícia Militar Argeo Rodrigues.
O dono da loja, onde o suspeito trabalhava, José Mendes de Oliveira disse que durante a manhã um funcionário lhe chamou a atenção para o terreno atrás de uma construção, que fica em seu depósito. “De manhã a gente abriu a loja e ele estava normal. Um rapaz que trabalha para mim disse que a casa velha, como a gente chama, estava mexida. Nesse intervalo ele chegou e perguntou o que estava acontecendo e eu disse que tinham andado por ali. Quando soube o que tinha acontecido fui para a casa que ele morava, aí o policial falou que ele matou a mulher e faltava a filha, logo lembrei do que tinha visto de manhã", diz.
A policia encontrou o corpo enterrado com menos de 10 centímetros de terra, enrolado em um plástico preto e com uma capa amarela por cima. O suspeito chegou a tentar cobrir o corpo com uma massa de concreto fina por cima. Agnaldo trabalhava há 15 anos no comércio de Mendes. "Ele nunca apresentou nenhum problema. Não bebe, não fuma. Tanto que no futuro ele ia morar comigo na loja. Não acredito no que eu vi hoje. A gente viu essa criança nascer. Não quero nem pensar no que ele fez com ela, porque se não eu vou chorar. Triste saber que um ser humano estava aí”, conta José.
A delegada Selma Santana Rodrigues diz que o suspeito confessou o crime. “Ele admitiu que praticou esses dois homicídios e a ocultação dos cadáveres”, conta. O cabo de uma pá foi encontrado enterrado junto com o corpo da menina, e a polícia acredita que o objeto serviu como arma para matar a criança. Segundo a polícia, depois dos crimes, Agnaldo queimou roupas e documentos das vítimas.
O suspeito será autuado pela ocultação do cadáver e terá o pedido de prisão preventiva pelos dois homicídios. Os corpos das vítimas devem ser liberados para o enterro neste domingo (25). Foto: Reprodução/TV Tribuna**Fonte: Do G1 Santos
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