Brincar, pular, correr, se divertir sem ter hora para acabar, sem se preocupar com o amanhã, afinal o que importa é ser feliz. Mas ser criança também é ter direitos e deveres, é poder desfrutar de uma infância saudável, um lar, uma família, uma educação de qualidade e ainda poder sonhar com um futuro melhor.
Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, em 1989, a Convenção sobre os Direitos da Criança que serviu de base para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, no Brasil. O ECA é a legitimação da maturidade social, que trouxe para a população a importância de se respeitar e garantir o pleno desenvolvimento infanto-juvenil. E para atestar a importância dessa parcela significativa da sociedade, as crianças, comemora-se nessa sexta-feira, 24, o Dia da Infância.
No mundo
De acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado em 2005, o dia 24 de agosto é dia de reflexão sobre as condições de vida das crianças de em todo mundo. Milhares de crianças perdem suas vidas anualmente por causa da miséria, dos conflitos armados, das doenças, do abuso e da exploração sexual, muitas delas nem ao menos sabem que têm direito a alguma coisa.
Hoje, em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, a população infanto-juvenil pode chegar a quase metade da população total, fato que merece a atenção da sociedade, dada a grandeza dos números.
Responsabilidade social é função básica de qualquer instituição pública. Por essa razão, a Uesb desenvolve diversos projetos voltados para a infância, a exemplo da Ludoteca, no
campus de Jequié e Itapetinga. Lá são realizadas atividades lúdicas e recreativas, abertas a comunidade, onde a criança aprende brincando. Outro projeto executado pela Universidade é o Núcleo de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Vitória da Conquista, que atende a todos os tipos de casos de violência contra crianças e adolescentes.
De acordo com a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância, 62 milhões de brasileiros têm menos de 18 anos. As crianças são especialmente vulneráveis às violações dos direitos, à pobreza e à iniqüidade no País.
O índice de pobreza infantil é de 44% no Brasil, passando a 78% entre as crianças negras. Mais de 70% das crianças pobres nunca foram à escola durante a primeira infância. Há 800 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola.
De cada 100 alunos que entram no ensino fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série e, destes, somente 40 concluem o ensino médio. A evasão escolar e a falta às aulas ocorrem por diferentes razões, incluindo violência e gravidez na adolescência.
Esperamos por dias melhores!!!
O Dia do Artista é comemorado em 24 de agosto. Nada melhor para marcar a data, do que oferecer acesso à população a um verdadeiro tesouro artístico-cultural escondido em Secretarias, órgãos, fundações, autarquias e empresas com participação do Estado. São obras de arte, algumas de artistas famosos ou importantes, todas de inestimável valor histórico, que ficam dentro de gabinetes, escolas, saguões de prédios, enfim, espaços normalmente não destinados à visitação pública.
Entre os tesouros que já podem ser vistos estão o óleo sobre tela “Retrato de Benedito Calixto”, de autoria de Bernardino de Souza Pereira, da segunda metade do século XX, localizado numa escola no litoral; “O Tríptico” (tipo de obra composta por três quadros), pertencente ao Instituto Florestal, de autoria de Hélios Seelinger, outro importante personagem da história da arte brasileira, fundador da Casa dos Artistas e das Sociedades Brasileira de Belas Artes e dos Artistas Nacionais; e diversas obras de Aldemir Martins, na maioria retratando animais de nossa fauna, que se encontram na Fundação Zoológico.
Uma das obras de arte mais antigas encontradas durante a catalogação do patrimônio estadual e já disponível no site é a escultura em madeira Sant’Ana, de artista anônimo, encontrada no Palácio dos Campos Elíseos. “Talvez essa obra nem tenha sido feita por um artista profissional, mas seu valor decorre do fato de ter sido produzida no século XVI, quando comumente obras desse tipo eram feitas, por exemplo, para catequizar os índios. É uma obra de valor histórico muito grande”, comenta o coordenador do Patrimônio Artístico do Estado (Grupo de Catalogação e Divulgação do Acervo Artístico do Estado) – órgão da Casa Civil - Pedro Jacintho Cavalheiro.
Outra importante obra do patrimônio do Estado é o painel Tiradentes, de Cândido Portinari, exposto no Memorial da América Latina e que também pode ser visto no site.
O site foi pensado para permitir o acesso da população às obras de arte e como ferramenta para professores, estudantes, pesquisadores e demais interessados em arte. As imagens privilegiam detalhes das obras e, no caso de esculturas, permitem que se veja o objeto por vários ângulos. Além das imagens das obras é possível encontrar informações sobre os artistas que as produziram, o período e o movimento artístico a que pertencem. Também é possível ter uma idéia do tamanho da obra, já que o site mostra uma escala, tendo como referência uma pessoa com 1,70 metro de altura.
Pesquisadores, estudantes e professores também têm a possibilidade de solicitar, pelo site, uma visita individual à obra. O agendamento da visita, porém, dependerá da disponibilidade do ocupante do espaço onde a obra fica.
Algumas peças estão em local de acesso ao público. “O Metrô, por exemplo, tem muitas obras que podem ser vistas pela população nas Estações. Outro espaço que também abriga obras do acervo do Governo é o Memorial da América Latina, que tem painéis de Portinari, Poty e Caribé no salão de Atos Tiradentes. Essas obras, que estarão no site em breve, podem ser vistas por quem visita o Memorial”, afirma Cavalheiro.
Trabalho de catalogação
O coordenador do Patrimônio Artístico do Estado, Pedro Cavalheiro, explica que há muitos anos o governo paulista foi um grande mecenas. Comprou diversas obras de arte, que foram distribuídas em Secretarias, órgãos, fundações e autarquias. Aquelas que não ficaram nos Palácios (dos Bandeirantes, de Campos do Jordão e do Horto) ou museus, como a Pinacoteca, não foram catalogadas.
Cavalheiro lembra que há cerca de dois anos iniciou a identificação e catalogação de todo o patrimônio artístico-cultural que não pertence a museus ou Acervo Artístico-Cultural dos Palácios.
Foi um trabalho árduo, uma vez que o Governo de São Paulo tem quase 90 órgãos subordinados às 26 Secretarias, além de fundações, autarquias, empresas estatais e as cerca de 6.000 escolas estaduais espalhadas por todo o Estado. “Foi um verdadeiro garimpo. Tivemos que separar o joio do trigo, ou seja, identificar o que era obra de arte e o que não tinha nenhum valor artístico-cultural, já que não é possível ter uma pessoa especializada em arte em cada órgão do Governo”, conta o coordenador do Patrimônio Artístico do Estado.
Além de permitir o acesso a esse material, o trabalho de catalogação também trará benefícios para muitas obras de arte, que poderão contar com trabalhos de restauro por equipes do Estado. Cavalheiro destaca ainda a questão da segurança das obras. “Com a publicação no site, elas ficam, de certa forma, protegidas porque o mercado da arte costuma consultar os catálogos antes de comprar uma nova obra para não adquirir obras furtadas ou roubadas”, comenta.
Outro benefício de levar o patrimônio ao conhecimento público é possibilitar aos museus a inclusão das obras de arte do Estado em suas exposições, além da futura realização de mostras pelo próprio Patrimônio Artístico do Estado. Fonte: saopaulo.sp.gov.br
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