O Vaticano se distancia da tentativa do governo brasileiro de propor uma aliança para o combate à pobreza. Na segunda-feira (22), a presidente Dilma Rousseff não perdeu a chance de, no primeiro discurso ao lado do papa Francisco, descrever a política social do governo e formular uma proposta de se aliar ao Vaticano para desenvolver uma política internacional baseada no combate à pobreza. A Santa Sé confirmou que, além do discurso, Dilma levantou essa questão com o papa no encontro que tiveram. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, garantiu ao jornal O Estado de S. Paulo que o pontífice "apreciou" o tom da presidente e que existem "pontos de sintonia", mas insistiu que, no momento, a Santa Sé não tem a intenção de assinar acordos nessa direção. "Não existe compromisso nesse sentido." Lombardi explicou que não se trata de um desacordo com a linha adotada pelo Brasil mas, pessoas próximas ao papa garantiram que o argentino e o Vaticano sabem do momento vivido pelo Brasil e da necessidade de Dilma de colar sua imagem à popularidade de Francisco. Para completar, a Santa Sé aponta que tanto na Organização das Nações Unidas (ONU) quanto em outros organismos internacionais, o Vaticano e o Brasil já têm uma posição de sintonia. por Jamil Chade | Agência Estado * Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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