O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tocou no assunto dos protestos de rua no país, em sua coluna de opinião desta terça-feira (16) distribuída pelo "New York Times", afirmando que se tratou de um movimento para "aumentar o alcance da democracia e encorajar o povo a atuar mais completamente".
Ele afirmou que os protestos não mostram uma rejeição da política, mas justamente o contrário.
Lula começa o texto mostrando estranhamento pelo fato de os protestos terem ocorrido em um país democrático (ao contrário de Egito e Tunísia em 2011) e com boa conjuntura econômica (ao contrário da Espanha e da Grécia).
Segundo Lula, os protestos foram um resultado dos sucessos do país nas áreas social, econômica e política, e um desejo genuíno da população de acesso a serviços públicos melhores.
Para Lula, a democracia não é um "compromisso com o silêncio", mas um fluxo constante, com debate e definição de prioridades e desafios.
O ex-presidente lembrou a afirmação de que a sociedade entrou na era digital, mas os políticos continuaram "analógicos", e apelou pela renovação das instituições democráticas.
Lula lembrou que a presidente Dilma Rousseff propôs um plebiscito para levar adiante as tão necessárias reformas políticas e também sugeriu um pacto social com as forças políticas em torno de educação, saúde e transporte.
O ex-presidente terminou o texto apelando aos jovens para que, mesmo "desencorajados por tudo e por todos", não desistam da política.
"Se você não encontrar nos outros o político que você procura, você pode encontrá-lo em você mesmo", escreveu. Via:Cidade News Itaú
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