Aos 60 anos, Guilherme Arantes lança seu 22º disco inédito de carreira. Ao longo do repertório do cantor, é possível encontrar diversas coletâneas que fazem parte da memória e imaginário dos brasileiros, que aprendeu a ouvir seu piano e a sua voz tranquila nas trilhas sonoras de 25 novelas globais, como “Anjo Mau”, que eternizou os versos “Quando eu fui ferido, vi tudo mudar / Das verdades que eu sabia /Só sobraram restos, e eu não esqueci /Toda aquela paz que eu tinha”. Toda a ideia do novo disco veio em setembro do ano passado, quando foi submetido a uma cirurgia de catarata nos dois olhos. “Essa operação foi um divisor de águas; proporcionou uma transformação em minha cabeça e uma percepção maior da fragilidade das coisas, do envelhecimento. [...] A partir dali eu começaria a enxergar tudo diferente. Não sei se por uma analogia, por uma metáfora da vida, eu compreendi que teria de enxergar com urgência o que eu deveria fazer”, contou em entrevista ao Bahia Notícias. Em “Condição Humana”, uma das faixas e título do seu novo álbum – que será lançado em Salvador em apresentação única no Teatro Castro Alves no dia 12 de julho –, Guilherme Arantes lida com temas que já permeavam suas canções há muito tempo, como o amor e a natureza, mas também trata do envelhecimento e do “ressurgir do questionamento e da transgressão do mundo”. “Esse é olhar de quem está se sentindo ‘estranhão’ no mundo. Eu acho que tudo veio numa hora muito coerente, que só está começando. Mas essa é uma visão de um cara que já tem 60 anos”, opinou. Nessa entrevista, Guilherme fala ainda sobre a monocultura musical da balada, sobre novos nomes da música brasileira, a vida que leva na Bahia e também sobre os protestos que assolaram o Brasil nas últimas semanas. Apesar do tom por vezes desencantado, Guilherme ainda se diz esperançoso: “Eu começo a olhar tudo isso com bastante otimismo. O mundo está precisando de uma renovação de valores”. Leia na íntegra a entrevista na Coluna Cultura do BahiaNoticias.
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