Do BOL, em São Paulo
Médicos de todo o país farão uma paralisação na quarta-feira ( 3). O protesto, segundo a AMB (Associação Médica Brasileira), decorre da decisão do governo federal de trazer médicos do exterior para trabalhar no SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo a associação, serão mantidos apenas os serviços de urgência e emergência. Cirurgias e atendimentos eletivos, por exemplo, não seriam atendidos nesta quarta. A AMB planeja ainda para o dia uma passeata. A concentração será às 16h na sede da entidade, na rua São Carlos do Pinhal (região central de SP). De lá, o grupo seguirá até a sede da Presidência da República, na avenida Paulista.
Ontem , o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que vai pagar um salário de R$ 10 mil para fixar médicos estrangeiros e brasileiros no interior do país e nas periferias. A expectativa é que o polêmico programa de atração de médicos estrangeiros, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, seja lançado na próxima semana.
O governo trabalha com um número próximo a 10 mil médicos que podem ser atraídos pelo edital a ser lançado nos próximos dias. O número exato de vagas a serem ofertadas ainda será fechado, a depender do interesse dos municípios.
Segundo os médicos, o problema de falta de profissionais da saúde em áreas remotas do país não ocorre porque não há médicos e, sim, por falta de investimentos do governo federal. Eles defendem a implementação de uma carreira federal médica.
"Existem cidades brasileiras com uma proporção médico/habitante maior do que em países europeus. E como estão as emergências públicas dessas cidades? Vamos focar no que é melhor para a população brasileira", diz Floriano Cardoso, presidente da AMB. (Com informações da "Folha de S. Paulo")
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