Depois de enfrentar um processo por falta de pagamento do apartamento, o candidato ao Nobel Luiz de Miranda foi despejado. Por volta das 11h da manhã desta terça-feira, um oficial da Justiça esteve no prédio no bairro Partenon e ordenou que o poeta deixasse o local.Segundo ele, a ação teria ocorrido de forma agressiva.
— Peguei meus remédios, um casaco e uma calça. Não consegui levar mais nada da minha casa — conta.
Os pertences foram encaixotados e levados para um depósito. Com a ajuda do advogado João de Almeida Neto e de um empresário, Miranda ganhou um quarto em um hotel no centro de Porto Alegre, onde vai morar provisoriamente.
As dificuldades do escritor foram tornadas públicas no início do mês, quando ele enviou uma carta ao colunista Paulo Sant’Ana, que reproduziu o relato na sua coluna em ZH. À época, Miranda aguardava uma pensão, que teria sido prometida pelo prefeito José Fortunati, mas que ele nunca chegou a receber.
Entre 1968 e 1978, Miranda trabalhou por períodos curtos em diversos veículos de comunicação. Envolveu-se com política e de 1990 à 1994 foi coodernador de Projetos Especiais do governo estadual. Hoje recebe, como aposentadoria, um salário mínimo. Ao longo da carreira, publicou 34 livros, e é membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
FONTE: ZERO HORA
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