Uma funcionária do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Belo Horizonte fez uma série de denúncias graves contra o trabalho da unidade. Ela afirma que há omissão de socorro e negligência no atendimento e que tanto atendentes quanto médicos “mentem”.
- Eles falam que não tem unidade disponível no momento e colocam na tela de atendimento para aguardar.
A funcionária diz que não sabe explicar por que os colegas fazem isso.
- A única coisa que eu sei explicar é a indignação de ver tanta gente morrer sendo que poderiam ser socorridos.
A mulher trabalha no Samu há mais de dez anos e resolveu contar sobre as omissões após a morte de um senhor de 84 anos. Ela teria acompanhado o atendimento e considera que houve negligência no dia do chamado.
O idoso morreu depois de sentir fortes dores no peito. A neta da vítima acionou o Samu e ouviu da atendente que não havia unidades no local. A funcionária, que estava de plantão no dia, conta que havia “várias” unidades liberadas que poderiam ser deslocadas.
- A ordem foi para que uma das despachantes entrasse em contato com a solicitante, a mando do médico, pedindo para colocar em posição de conforto e medicar com analgésicos.
Segundo a funcionária, casos assim têm ocorrido “com frequência”. Ela explica que médicos e atendentes não estavam ocupados com outras ocorrências no momento.
- Eles estavam em uso do Facebook, que é liberado na central e em posse de seus iPads, fazendo comunicação por WhatsApp.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou, por meio de nota, que no dia da morte do idoso “todos os veículos estavam empenhados. O médico regulador ficou em monitoramento, por telefone, com a família do paciente até a chegada da ambulância ao local”.
Em relação às queixas de mau uso da internet, a secretaria informou que “tomará providências pertinentes”.
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