Capitão da seleção brasileira campeã mundial em 1970, Carlos Alberto Torres é um óbvio entrevistado para assuntos de futebol brasileiro. Especialmente porque, apesar de estar se aproximando dos 70 anos, o ex-jogador de Santos, Fluminense e New York Cosmos não deixou de expressar opiniões mais polêmicas.
Em entrevista ao UOL Esporte em seu escritório, na Barra da Tijuca, Torres não faz diplomacia ao analisar a seleção brasileira: para o "capita", a equipe não deve ser incluída entre as favoritas para a Copa do Mundo de 2014, apesar de sua crença num possível auge para a geração de Neymar quatro mais tarde, na Rússia.
"Temos que ser realistas, hoje somos uma seleção mediana, como mostra o próprio ranking da Fifa", afirma.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
UOL Esporte: Como você está vendo a preparação para a Copa do Mundo de 2014?
Carlos Alberto Torres: Vejo como uma oportunidade perdida. O simples fato de termos a oportunidade de sediar a Copa já é genial. Mas perdemos tempo para trabalha o legado. Não mexemos nos aeroportos, por exemplo. Perdemos uma grande oportunidade de mostrar um pouco mais o nosso país, de chamar mais atenção para o turismo, por exemplo. Estive num bando de feiras no exterior e ainda se fala muito mais em Copacabana do que qualquer outra coisa. Temos condições de fazer uma Copa do Mundo melhor que a África do Sul. Mas o ideal é que não chegássemos ao Maracanã vendo tudo ainda terminando. Perdemos a chance de acabar com essa visão de que deixamos tudo para a última hora.
UOL Esporte: A seleção estará pronta a tempo?
Carlos Alberto Torres: Exponho a opinião de quem é do meio e foi jogador. O Brasil está em 19º no ranking da Fifa e ainda há quem ache que é a melhor seleção do mundo. Se tivéssemos outra cultura, de encarar a coisa como ela é, estariámos conscientes de que vamos ter um grande time para o Mundial de 2018. Agora, temos um time só de garotos. Não conheço na história da Copa do Mundo uma equipe que tenha sido campeã apenas com garotos, independentemente de quão boa tenha sido. Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas
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