Do elenco de normas existentes daremos destaque, nesta oportunidade, para a ISO14.001 – Sistema de Gerenciamento Ambiental –, que objetiva prevenir, eliminar ou minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente causados por empresas privadas e públicas. Os passos para a implementação desta norma estão assim definidos: 1.) Comprometimento e definição da política de meio ambiente – 2.) Planejamento do sistema de gestão ambiental (SGA) – 3.) Implementação do SGA – 4.) Medições e avaliações e, 5.) Revisão e melhorias contínuas. Conscientizar, envolver e comprometer – do presidente ao servente – é de fundamental importância para que o SGA atinja as metas pré-estabelecidas. Acompanhar rigorosamente, e validar, cada uma das etapas do processo operacional da fabricação de produtos, e da prestação de serviços, é procedimento obrigatório para garantir o equilíbrio do meio ambiente e a melhoria continuada da qualidade de vida.
Para que o SGA seja bem-sucedido é recomendável fazer um diagnóstico através do diagrama dos 7Ms: 1.) mercado, 2.) mão-de-obra, 3.) matéria-prima, 4.) máquinas, 5.) método, 6.) medição e 7.) meio ambiente. Essa análise crítica nos levará a reduzir as possibilidades de poluição, reutilizar parte do que já foi usado, reciclar todo tipo de sucata e reinventar novos processos operacionais para a fabricação de produtos e prestação de serviços. A agressão ao meio ambiente é, também, um desrespeito à massa consumidora, que está tendo a sua percepção despertada para recusar produtos e serviços de empresas ecologicamente incorretas.
Os gravíssimos problemas que estão ocorrendo com o aquecimento global não devem ser atribuídos apenas á uma parcela da classe empresarial, pois os governantes, também, têm a sua parte de responsabilidade na degradação do meio ambiente. Políticas públicas ineficientes, fiscalização insuficiente, investimentos em saneamento básico aquém das necessidades, excesso de burocracia e corrupção, são fatores da mesma equação – ações públicas ineficazes.
Além da iniciativa privada e dos órgãos públicos cabe, a cada um dos seis bilhões e seiscentos milhões de habitantes do planeta azul, a sua cota de responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Combate de desperdício de toda espécie, redução do volume de lixo, coleta seletiva, jogar o lixo no lixo, incentivos á cooperativas de coleta e implementação da CIPRAM – Comissão Interna de Preservação Ambiental são medidas indispensáveis á qualidade de vida. A educação pode contribuir para que tenhamos maior consciência sobre a chamada - Pegada Ecológica, que significa o “quanto da terra produtiva, área florestal, energia, habitação, água, mar, urbanização e capacidade de absorção dos dejetos cada pessoa necessita, para viver de forma minimamente digna. A esse conjunto de fatores, Martin Rees e Mathis Wackermagel, deram o nome de pegada ecológica, cujo estudo indica 2,8 hectares para cada pessoa”.
Numa simples reflexão sobre alguns textos da Bíblia (Gênesis 1, 24-31 + 2,1-19 e Deuteronômio 8,7-10), podemos encontrar referências sobre a preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável do ser humano e a destinação social dos recursos naturais da terra. Esse Livro Sagrado prevê, até, punição para os que destroem a Terra (Apocalipse 11:18).
Faustino Vicente - Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos, Professor e Advogado – e-mail: faustino.vicente@uol.
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