O Santander, terceiro maior banco privado do País, informou ontem que reduziu para 0,90% ao mês a taxa de juros do cartão de crédito em operações de financiamento de até 24 meses. A taxa anterior, segundo o banco, chegava a 3,95% ao mês em seu porcentual máximo. Nesse caso, não se trata do juro cobrado no rotativo, mas no parcelamento.
É aquela modalidade de crédito em que o cliente compra uma mercadoria ou serviço e pode dividi-la até 24 meses pagando taxa de juros única de 0,90%. O porcentual vale tanto para quem é correntista quanto para quem não é correntista do banco.
“Com essa iniciativa, além de beneficiar diretamente aos clientes de seus cartões de crédito, o Santander pretende colaborar com o processo de retomada do crescimento do País”, afirmou, em nota, o diretor de cartões do banco, Cassius Schymura.
Nas últimas semanas, as principais instituições financeiras de varejo do País anunciaram mudanças no negócio de cartão de crédito. No Itaú, por exemplo, foi criada uma nova modalidade, que altera no sistema de cobrança de juros da fatura. O Bradesco, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal reduziram algumas das taxas de juros cobradas dos clientes.
O cartão de crédito é a nova fronteira do governo Dilma Rousseff para pressionar as instituições financeiras a baixar o custo do dinheiro. Nos bastidores, circulou uma proposta segundo a qual uma queda consistente das taxas dependia do fim das compras parceladas sem juros.
A proposta, no entanto, agradava apenas a alguns bancos. Outras instituições – a maioria – avaliaram que era possível reduzir os juros sem promover grandes alterações na estrutura do produto – que chega a ter taxas mensais de 12%, as mais elevadas entre todas as modalidades no País. O governo argumenta que, diante do novo cenário para o juro básico da economia (Selic), não faz mais sentido que os bancos cobrem tanto.
Copom
No dia seguinte à decisão do Banco Central (BC) de cortar a Selic para 7,25% ao ano, vários bancos anunciaram reduções nas taxas cobradas de pessoas físicas e empresas. No Itaú e no HSBC, por exemplo, a baixa acompanhou proporcionalmente o corte de 0,25 ponto da Selic.
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