A edição número 73 da revista “Piauí” chegou às bancas esta semana cheia de polêmica. Não pelo conteúdo das reportagens, mas pela censura pública que um dos seus anúncios sofreu. Como publicou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, o comercial, exibido antes dos filmes nas salas de cinema, foi tirado do ar depois que uma espectadora reclamou do seu conteúdo. A reclamante, uma mãe que estava com seu filho na hora da exibição, ficou indignada com um trecho do filme que mostra o perfil do presidente uruguaio José Mujica, feito pela repórter Carol Pires, que lembra que o dirigente quer liberar o comércio da maconha em seu país.
O vídeo, que tem 45 segundos, estava sendo veiculado nas salas do Circuito Itaú Cinemas antes de todas as sessões.
Trecho dura dez segundos
A espectadora alegou que considera um absurdo o filho dela, menor de idade, “receber esse tipo de informação”. Ela ameaçou ir à Vara da Infância e da Adolescência. A Move Mobz, responsável pelos anúncios, repassou a informação à rede de cinemas.
O trecho polêmico dura dez segundos e diz: “Fora do figurino. Carol Pires conta como vive José Mujica. O presidente do Uruguai que mora numa chácara, doa 90% do salário e quer liberar o comércio de maconha.” Por causa da reclamação, o anúncio deixou de ser veiculado antes dos filmes com censura livre.
Em nota, a “Piauí” disse que não defende a liberação da maconha na propaganda e que apenas noticiou que a revista está publicando o perfil de José Mujica. A nota diz ainda que a chamada tem caráter informativo, sem fazer críticas ou juízo de valor. A “Piauí” diz entender a posição do cinema, mas “discorda, sim, da atitude do espectador que exigiu a retirada do filme”.
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