247 – Geddel Vieira Lima é um político notoriamente atrevido. Diz o que pensa e graças à força que tem no PMDB ocupa espaços importantes em todos os governos. Teve influência nos portos, durante a era FHC, foi ministro da Integração Nacional de Lula e, com a presidenta Dilma Rousseff, chegou à vice-presidência de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal. Um cargo estratégico, onde se decide a destinação de alguns bilhões.
Geddel não chegou lá pela qualificação técnica. Foi nomeado em razão de suas credenciais políticas. Mas age como se ignorasse essa realidade. Dias atrás, contrariando a determinação do PMDB e do vice-presidente Michel Temer, declarou apoio ao demista ACM Neto, no segundo turno em Salvador. O que talvez tenha pouco efeito prático, uma vez que o candidato que concorreu pela legenda, Mário Kertesz, ignorou a ordem do PMDB local e se aliou ao petista Nelson Pelegrino.
Indagado sobre sua permanência em uma das vice-presidências mais importantes da Caixa, Geddel disse que continuaria no cargo. Mas talvez esteja por um triz, conforme nota publicada nesta sexta-feira, na coluna Panorama Político de Ilimar Franco, do Globo. Leia:
Me dê motivo
Até no PMDB as apostas são para a demissão de Geddel Vieira Lima da CEF, em função de seu apoio a ACM Neto (DEM) em Salvador. Dizem que a presidente Dilma só não fez isso ainda porque gosta muito do vice Michel Temer.
Geddel é ousado e seu atrevimento o levou longe. Desta vez, no entanto, ele parece ter errado a mão.
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