Os médicos do Estado de São Paulo vão paralisar o atendimento a, ao menos, 12 planos de saúde a partir da próxima quarta-feira (10). Até o dia 18, apenas as urgências e emergências serão mantidas. Médicos planejam novos protestos contra planos de saúde De acordo com a APM (Associação Paulista de Medicina), do dia 11 ao dia 17, a greve será feita em esquema de rodízio, em que apenas determinadas especialidades deixarão de ser atendidas em cada dia. De acordo com a entidade, o atendimento será suspenso no grupo de operadoras "que não aceitaram negociar com a classe médica ou não enviaram propostas suficientes até o momento". Os planos inicialmente afetados serão: Golden Cross, Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristóvão, Seisa, Tempo Assist, Trasmontano e Universal. A lista completa será apresentada na terça-feira (9). Nos dias 10 e 18 todos os médicos credenciados aos planos de saúde alvo da ação farão paralisação. No dia 11 serão afetadas as áreas de ginecologia e obstetrícia, anestesiologia e cardiologia; dia 15, endocrinologia, cirurgia de cabeça e pescoço, e pneumologia; no dia 16, ortopedia e traumatologia, angiologia, cirurgia vascular e medicina do esporte; e no dia 17, endoscopia, dermatologia e alergia, e imunologia. "São Paulo está em consonância com o movimento nacional, que terá ações em diversos estados e regiões. O mês do médico será marcado pelo posicionamento firme da classe em busca da valorização de seu trabalho, sempre em prol do atendimento de qualidade aos pacientes", destacou o presidente da APM, Florisval Meinão. Em São Paulo, a pauta de reivindicações inclui o aumento do valor da consulta para R$ 80, a atualização dos valores cobrados pelos procedimentos conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, e o reajuste desses valores a cada 12 meses. Nesta sexta-feira começou a suspensão da comercialização de 301 planos de saúde de 38 operadoras em todo o país. A medida vai durar pelos próximos três meses e acontece devido ao descumprimento dos prazos limites de atendimento ao usuário. Esses 301 planos reúnem 3,6 milhões de usuários ou 7,6% do mercado da saúde suplementar. Eles tiveram os piores resultados após análise das reclamação de usuários a respeito da demora no atendimento médico em dois trimestres consecutivos.
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