A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (sem partido), candidata em 2010 à Presidência da República pelo PV, não deve apoiar nem Fernando Haddad (PT) nem José Serra (PSDB) na disputa de segundo turno das eleições municipais em São Paulo. Marina aproveitou para criticar campanhas, como disse que é a de São Paulo, que parecem mais uma "disputa não para 2012, mas para 2014" --uma alusão às eleições presidenciais na qual a presidente Dilma Rousseff deve tentar a reeleição. "É muito difícil fazer um apoio nos lugares onde as campanhas parece que não estão discutindo a cidade, estão discutindo 2014. E quando ainda tem essa conjunção de ser o PT e o PSDB aí a polarização fica explícita, porque deixa de ser uma disputa para governar a cidade, mas para quem vai mostrar para as eleições de 2014", disse Marina. A ex-ministra fez as declarações à imprensa na tarde desta quinta-feira (11) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), pouco antes de participar de um debate sobre democracia, ética e sustentabilidade. O evento foi organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão. Marina afirmou que continuará no segundo turno a manifestar apoio aos candidatos que já havia participado nas campanhas no primeiro turno --Gustavo Fruet (PDT), em Curitiba (PR), Edmilson Rodrigues (PSOL), em Belém (PA), e Clécio (PSOL), em Macapá (AP). Sobre Haddad, a ex-ministra e ex-PV disse que tem uma relação de amizade, de quando eram ministros, assim como é amiga do candidato do PT derrotado em Belo Horizonte (MG), Patrus Ananias. "Mas obviamente que tem um enquadramento que é bem complexo, porque é a polarização PT e PSDB [na disputa em São Paulo]".
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