Dos oito vereadores itabunenses que tentaram a reeleição, todos sabem que apenas um – Ruy Machado (PTB) – obteve êxito. E, mesmo assim, quase não vai. Todos eles, sem exceção, viram seus votos desaparecer quando comparados os resultados de 2008 e 2012.
Ruy foi quem menos perdeu, caindo de um placar de 1.414 votos nas eleições de quatro anos atrás para 958 neste domingo, 7. A queda mais acentuada foi de Clovis Loiola (PRP), campeão das urnas em 2008, quando conquistou 3.041 votos. Às vésperas destas eleições, pesquisas não registradas apontavam Loiola como um dos mais lembrados pelo eleitor, mas na hora “H” ele foi mesmo esquecido, pois teve somente 439 votos.
Solon Pinheiro, que em 2008 se elegeu pelo PSDB com 2.340 votos, mudou-se para o DEM e, com o perdão pelo trocadilho, acabou demolido nas urnas, que lhe deram somente 830 votos agora em 2012.
Outro bom de voto em 2008 foi Raimundo Pólvora, à época no PPS. Naquele pleito, Pólvora obteve a confiança de respeitáveis 2.261 eleitores, mas acabou caindo bruscamente para 322 votos. O futuro ex-vereador também está hoje no DEM.
Roberto de Souza, após três mandatos, foi convidado a pendurar as chuteiras. Ele não mudou de partido, continua no PR, mas viu seu desempenho eleitoral naufragar, assim como os colegas anteriormente citados. Roberto teve 1.702 votos em 2008 e apenas 556 em 2012.
Os outros três casos de “desidratação eleitoral” foram os dos vereadores Milton Gramacho (PRTB), reduzido de 1.427 para minguados 548 votos; Rose Castro (antes no PR e hoje no PSDB), que encolheu de 2.061 para 800 votos; e Gerson Nascimento (antes no PV e hoje no PSB), cuja votação caiu de 1924 para 977.
Essa foi a maior renovação já registrada na Câmara de Vereadores de Itabuna e os observadores do cenário político são unânimes em afirmar que o eleitor mandou um recado direto para os atuais membros da casa. É uma reação natural e bem-vinda, pelo fato de nos últimos quatro anos o legislativo itabunense ter se tornado uma verdadeira linha de montagem de escândalos.
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