Flamengo e Bahia entraram em campo com o mesmo número de pontos. Continuaram iguais após o apito de Wagner Reway cessar. A rede não balançou, 0 a 0 que traduziu bem a campanha medíocre que ambos estão fazendo no Brasileiro. Agora, estão com 35 pontos, cada vez mais longe do rebaixamento e cada vez mais perto de ficarem sem objetivo algum na reta final da competição.
Com um setor defensivo tão limitado, é um pecado capital escalar um time sem o cão de guarda na cabeça de área. E foi exatamente isso que o técnico Dorival Júnior fez. Um meio de campo formado por Ibson, Renato, Léo Moura e Cleber Santana além de envelhecido - média de 31,75 anos - é lento. Pronto, estava aí a resposta para tamanho domínio do Bahia no primeiro tempo.
Gabriel, garoto bom de bola do time baiano, deu muito trabalho à zaga rubro-negra. O grande problema foi a falta de pontaria. Hélder, Claudio Pitbull e o próprio Gabriel perderam boas chances, a maioria em chutes de longe. A melhor delas foi com o jovem já citado, após cochilo de Ibson na marcação. Pitbull também não aproveitou a saída de bola errada de González que gerou um contra-ataque tricolor. Jogou na linha do trem do Engenho de Dentro.
A primeira vez que o Flamengo chegou com perigo ao gol de Lomba foi no último lance do primeiro tempo. O chute de Ibson desviou e quase surpreendeu. Mas Wellington Silva estava impedido, tentou participar da sequência da jogada e matou o lance.
O Bahia voltou para o segundo tempo sem o mesmo gás dos 45 minutos iniciais. Por outro lado, a entrada de Adryan no lugar de Hernane deixou o Flamengo com 11 jogadores em campo - enquanto o atacante jogou, o time esteve com um a menos. Cleber Santana concluiu uma boa jogada projetada pelo lado direito no travessão. Logo depois, chutou para fora após bom passe de Liedson.
E se é difícil fazer uma pessoa que passou os últimos quatro sem acompanhar futebol acreditar que o Flamengo foi campeão brasileiro nesse período - não esse time, obviamente - é mais complicado ainda convencê-la de que Zé Roberto, hoje no Bahia, foi peça fundamental naquele título. Ele deixou o campo aos 14 minutos do segundo tempo sem praticamente ter tocado na bola. Kleberson, também campeão em 2009, foi o substituto.
Quem não merecia estar no último título nacional rubro-negro, e menos ainda sendo titular, é o zagueiro González. Ele passou os 90 minutos tentando entregar a paçoca. Quase conseguiu a façanha ao escorregar na tentativa de cortar o passe de Kleberson e deixar Gabriel livre, na frente de Felipe. O goleiro fez ótima defesa e vibrou como se tivesse marcado um gol.
Foi a última grande chance de um jogo que merecia até ter um gol, mas não um vencedor. Cada um foi melhor em um tempo. Pelo que mostraram também, vendo pelo lado positivo, não devem passar sufoco no fim ano.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO X BAHIA
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 4/10/2012 - 21h (de Brasília)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Rafael da Silva Alves (RS)
Renda/Público: R$ 380.075,00/25.777 pagantes
Cartões amarelos: Fahel (33' 2ºT); Kleberson (40' 2ºT)
Cartões vermelhos: Não houve
FLAMENGO: Felipe, Wellington Silva, Frauches, González e Magal; Renato, Ibson, Léo Moura e Cleber Santana (Wellington Bruno, 24'2ºT); Hernane (Adryan, intervalo) e Liédson (Nixon, 41' 2ºT).
Técnico: Dorival Júnior
BAHIA: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones, Hélder e Zé Roberto (Kleberson, 14' 2ºT); Gabriel (Lulinha, 39' 2ºT) e Elias (Cláudio Pitbull, 20' 1ºT).
Nenhum comentário:
Postar um comentário