247 - A liderança de Celso Russomanno (PRB) nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo sempre foi vista com desconfiança. Era questão de tempo para que o conhecido defensor dos consumidores fosse ultrapassado pelos principais concorrentes, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Mas o tempo foi passando e a candidatura Russomanno não fraquejava, o que estabeleceu o consenso de que ele estava garantido no segundo turno das eleições paulistanas. Pelo menos até as últimas pesquisas de intenção de voto, publicadas desde a semana passada.
A queda de 7 pontos percentuais em uma semana indicada pela pesquisa Ibope publicada nesta terça-feira 2 é de assustar qualquer um, ainda mais um candidato do qual se esperava algo parecido desde o início do processo eleitoral. E Russomanno já havia caído de 35% para 30% na última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, numa demonstração de que os ataques a sua candidatura, principalmente da parte de Haddad, vêm surtindo efeito.
O candidato do PRB acusou o golpe nesta terça ao fazer questão, enfim, de responder às críticas do petista em sua campanha eleitoral de televisão. Russomanno chegou a chamar Haddad de mentiroso. A mudança de comportamento de Russomanno, que preparava terreno para uma possível aliança com Haddad no segundo turno, reforça a impressão daqueles que ainda acreditam num segundo turno entre PSDB e PT, o mais natural desde o início.
O problema é que os ataques coordenados dos adversários contra o líder azarão das pesquisas pode ter chegado tarde demais. Enquanto Serra e Haddad trocavam acusações e provocações, Russomanno reinava inabalável no primeiro lugar. Bastou que os concorrentes explorassem os pontos fracos do candidato do PRB para sua candidatura perder força. A pergunta que as urnas vão responder no domingo é: os adversários acordaram a tempo ou ficou tarde demais para tirar Russomanno do segundo turno?
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