247 – José Zunga Alves de Lima. Atenção a este nome. Trata-se de um sindicalista integrante do conselho consultivo da Anatel. Foi indicado ao cargo em março de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo, como representante da sociedade civil, mesmo sendo ele funcionário da Oi.
Zunga foi tema de uma reportagem da revista Veja em 19 de novembro de 2010, com o título "Um homem chamado Zunga". A reportagem relata ação do Ministério Público para retirar Zunga do conselho da Anatel. Justificativa: ela deveria estar preenchida por outro setor da sociedade, e não um ligado diretamente às empresas de comunicação.
Quem conhece Zunga já ouviu dele relato de forte amizade com Lula. Conhecidos contam que ele costumava viajar a Goiânia para se reunir com integrantes do grupo Cachoeira, especialmente com Gleyb, um dos principais operadores, e Deuselino, delegado afastado da Polícia Federal.
Também se reunia com gente da Faculdade Padrão, do empresário Walter Paulo, o mesmo que jura ter comprado a casa do governador Marconi Perillo (PSDB) onde Cachoeira foi preso. Cachoeira estava curiosamente morando lá, com a nova esposa. A distinção dos dois grupos para com Zunga era tamanha que se referiam a ele como "ministro".
As reuniões com presença de Zunga se davam no Restaurante Troia, local predileto do grupo Cachoeira porque fica logo atrás do edifício Excalibur, onde o contraventor tem apartamento e morava antes de ir para o aconchego da nova companheira.
Zunga sempre gozou de grande prestígio junto aos políticos e à sociedade local, tanto que foi contemplado com o título de Cidadão Goiano, oferecido pelo deputado estadual do PT Mauro Rubem. A cerimônia de entrega do título foi muito prestigiada.
O prestígio de Zunga é tão grande que ele, em Goiânia, normalmente ficava não em hotel, mas em um dos caríssimos apartamentos, o de número 300, no mesmo Excalibur de Cachoeira, de propriedade do advogado Djalma Rezende. Ali ele também despachava.
Com Djalma, Zunga tem articulações estratégicas. Os dois, mais o desembargador do TRT Júlio Cesar Cardoso Brito (que já tem pedido do Ministério Público do Trabalho para deixar o cargo de vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Goiás, por ligações com Cachoeira), estão em plena ação para tentar emplacar outro advogado, Ricardo Barbosa, o Capitão Barbosa, no TRE. A listra com três nomes já está na mesa da presidente Dilma. Capitão Barbosa é velho conhecido em Goiânia, por trabalhos em governos anteriores na área de inteligência.
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