Custos cada vez mais altos, aliados a uma crise econômica que torna difícil para os jovens conseguir o primeiro emprego e pagar as dívidas que contraíram para se formar, vêm tornando a universidade, caminho para a ascensão social, cada vez mais inacessível para as classes médias e trabalhadores de países tão díspares como Espanha, EUA e Chile.
As cenas vistas nesta semana no Quebec, no Canadá, onde jovens completaram cem dias de protestos contra o aumento nos preços das anuidades, repetem-se em Madri ou Santiago. Nos EUA, o montante das dívidas dos universitários pós-formatura atingiu no ano passado US$ 1 trilhão, e a tentativa de manter os juros para seu pagamento em patamares mais baixos é um dos poucos pontos a unir os discursos de Barack Obama e de seu adversário na eleição de novembro, Mitt Romney. A situação é piorada pela falta de perspectiva no mercado de trabalho para empregos que permitam pagar, poucos meses após a formatura, as primeiras parcelas da dívida.
Na Espanha, o aperto de cinto provocado pela crise econômica teve a educação pública como uma das maiores vítimas. Os estudantes foram convocados a contribuir mais com o custo de sua educação, mas, com os pais subempregados e sem chance de conseguirem trabalho para eles mesmos, temem perder o esforço de anos de estudo e ter de deixar a universidade.
A situação se repete no Chile. Mesmo relativamente imune à crise, o país tem um sistema educacional herdado da ditadura que privilegia a elite. Filhos da classe trabalhadora saem da universidade endividados e encontram dificuldade para ingressar no mercado de trabalho com seus nomes na lista negra de devedores. Muitos estão recorrendo à vizinha Argentina, um oásis onde ainda vigora a educação gratuita e o sonho universitário ainda não virou pesadelo. Da Agência O Globo
As cenas vistas nesta semana no Quebec, no Canadá, onde jovens completaram cem dias de protestos contra o aumento nos preços das anuidades, repetem-se em Madri ou Santiago. Nos EUA, o montante das dívidas dos universitários pós-formatura atingiu no ano passado US$ 1 trilhão, e a tentativa de manter os juros para seu pagamento em patamares mais baixos é um dos poucos pontos a unir os discursos de Barack Obama e de seu adversário na eleição de novembro, Mitt Romney. A situação é piorada pela falta de perspectiva no mercado de trabalho para empregos que permitam pagar, poucos meses após a formatura, as primeiras parcelas da dívida.
Na Espanha, o aperto de cinto provocado pela crise econômica teve a educação pública como uma das maiores vítimas. Os estudantes foram convocados a contribuir mais com o custo de sua educação, mas, com os pais subempregados e sem chance de conseguirem trabalho para eles mesmos, temem perder o esforço de anos de estudo e ter de deixar a universidade.
A situação se repete no Chile. Mesmo relativamente imune à crise, o país tem um sistema educacional herdado da ditadura que privilegia a elite. Filhos da classe trabalhadora saem da universidade endividados e encontram dificuldade para ingressar no mercado de trabalho com seus nomes na lista negra de devedores. Muitos estão recorrendo à vizinha Argentina, um oásis onde ainda vigora a educação gratuita e o sonho universitário ainda não virou pesadelo. Da Agência O Globo
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