O Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia arquivou, nesta quarta-feira, o processo que apurava suposta discriminação racial e sexista no videoclipe da música “Kong”, de autoria do cantor Alexandre Pires. O MPF sustenta que “não se pode concluir, ao menos objetivamente, pela ocorrência de racismo, por absoluta ausência do elemento subjetivo caracterizador dessa conduta lesiva”.
O procedimento havia sido instaurado a partir de representação encaminhada ao MPF pela Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República.
O procedimento havia sido instaurado a partir de representação encaminhada ao MPF pela Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República.
Para o procurador da República Frederico Pellucci, que investigou o caso, “a despeito de se reconhecer a utilização da figura do macaco como expressão preconceituosa em relação à população negra, não se avista, no presente caso, essa intenção”.
Segundo ele, embora, “historicamente, a relação homem-macaco seja utilizada para desumanizar o negro”, “não se pode concluir que qualquer trabalho de expressão que invoque a figura do macaco (gorila) tenha, desde sempre, esse objetivo”.
Ao analisar a letra da música e as cenas do videoclipe, Frederico Pellucci entendeu que “a invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude, porquanto não se olvida que o macaco, como expressão da origem animal do homem, é objeto de inúmeras relações quando o assunto é virilidade, fetiche, força e masculinidade”.
“Não se pode dizer que a letra da música ou seu videoclipe tiveram a intenção de atacar quem quer que seja, mas sim apresentar-se de maneira descontraída e bem-humorada, descabendo adentrar na discussão quanto ao bom ou mau gosto na escolha das respectivas expressões e cenas”, disse. Com informações do Ministério Público Federal em Minas Gerais
Segundo ele, embora, “historicamente, a relação homem-macaco seja utilizada para desumanizar o negro”, “não se pode concluir que qualquer trabalho de expressão que invoque a figura do macaco (gorila) tenha, desde sempre, esse objetivo”.
Ao analisar a letra da música e as cenas do videoclipe, Frederico Pellucci entendeu que “a invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude, porquanto não se olvida que o macaco, como expressão da origem animal do homem, é objeto de inúmeras relações quando o assunto é virilidade, fetiche, força e masculinidade”.
“Não se pode dizer que a letra da música ou seu videoclipe tiveram a intenção de atacar quem quer que seja, mas sim apresentar-se de maneira descontraída e bem-humorada, descabendo adentrar na discussão quanto ao bom ou mau gosto na escolha das respectivas expressões e cenas”, disse. Com informações do Ministério Público Federal em Minas Gerais
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